O armador MSC apoia a criação de um imposto incidente sobre o carbono emitido por combustível de navios, bem como uma proposta de fundo global de pesquisa e desenvolvimento para ajudar a acelerar a descarbonização do transporte marítimo.
A empresa junta-se à indústria ao apoiar uma carta aberta aos estados membros da IMO da ONU assinada por CEOs de 17 membros do Conselho Mundial de Navegação em 3 de junho.
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Com cerca de 16% de participação de mercado, a MSC é atualmente a segunda maior transportadora do mundo e estima-se que ultrapassará a Maersk como a maior empresa global de transporte de contêineres.
A empresa junta-se a outras da indústria marítima, ao aderir à ideia de um fundo global de descarbonização e também ao apoio a uma potencial medida baseada em imposto de carbono.
“Alguma forma de medida baseada no mercado global, incorporando o preço do carbono, poderia ajudar a indústria a promover a descarbonização, ao reduzir a diferença de preço entre os combustíveis fósseis e os combustíveis com carbono zero à medida que eles se tornassem disponíveis”, disse o CEO da MSC Soren Toft. “Ao mesmo tempo, apesar de nossos enormes investimentos em nossa frota e operações, soluções escaláveis de longo prazo simplesmente não existem atualmente para serem implantadas em nossos navios. Há uma lacuna para trazer esses combustíveis e tecnologias alternativas para o mercado e o fundo de pesquisa de toda a indústria nos ajudaria a atingir as metas da IMO.”
O chamado à ação vem antes da próxima reunião do Comitê de Proteção Ambiental Marítimo da Organização Marítima Internacional, a ser realizada nesta semana para debater o caminho da indústria naval na redução de suas emissões de gases de efeito estufa.
O Conselho Internacional de Pesquisa e Desenvolvimento Marítimo (IMRB) é um programa inédito de US$ 5 bilhões, governado pela IMO, para financiar pesquisa e desenvolvimento de combustíveis alternativos necessários para atingir a meta preliminar de redução da IMO em 50% até 2050, em comparação com os níveis de 2008. O IMRB será financiado por meio de um “Fundo Internacional de Pesquisa Marítima (IMRF)” de US$ 2 obrigatórios por métrica de combustível marinho consumido por navio.