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Nova paralisação


Com atrasos e 74% das obras concluídas, Canal do Panamá admite prazo de entrega até 2016 — Uma greve nacional sindical por parte da Central Única dos Trabalhadores da Construção (Suntacs, na sigla original) paralisou, no último dia 23 de abril, a expansão do Canal do Panamá. Segundo o consórcio Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), responsável pelas obras de ampliação da via interoceânica, os trabalhadores afiliados ao sindicato atenderam à convocação da greve, impactando o cronograma do projeto, que possui 74% de conclusão. O sindicato da construção pede um aumento de 20% dos salários, mas os empresários rejeitaram a proposta por considerá-la excessiva. A empresa encarregada da ampliação do canal admitiu que a greve afeta a totalidade dos trabalhos do projeto.

A ampliação do canal já havia ficado paralisada pelo consórcio de 5 a 20 de fevereiro de 2014 devido à falta de liquidez do projeto. O impasse resultou em intensas negociações com a autoridade do canal para retomar as obras. Na ocasião, os trabalhos foram paralisados totalmente com a alegação de falta de dinheiro para cobrir os custos adicionais acima de US$ 1,6 bilhão. O GUPC, liderado por Sacyr e pela construtora Impregilo, retomou os trabalhos do projeto de ampliação no fim de fevereiro.

Os desembolsos feitos pelas agências de financiamento para as obras de expansão do Canal do Panamá totalizaram US$ 2,3 bilhões em fevereiro de 2014, de acordo com informe trimestral da Autoridade do Canal do Panamá (ACP). Em janeiro, a ACP solicitou US$ 250 milhões ao Banco Latino-Americano de Desenvolvimento. De 5 a 7 de fevereiro, as agências de crédito realizaram sua quinta visita anual ao canteiro de obras nos setores Atlântico e Pacífico. Também foi realizada uma revisão da informação financeira, econômica e de marketing do Canal do Panamá.

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O informe indica ainda que o avanço total da ampliação do canal é de 74,2%, sendo que as obras das eclusas estavam 68% concluídas até o fechamento da publicação. A previsão inicial de entrega das obras era 2014, mas as paralisações contribuíram para que esse prazo fosse estendido para entre o final de 2015 e o início de 2016.

De acordo com a agência de notícias AFP, o administrador da via interoceânica, Jorge Luis Quijano, admitiu que é praticamente “improvável” recuperar o tempo que se perdeu. Ele afirma que a ACP e a GUPC estão “focadas” no término da obra para concluí-la até o final de 2015, deixando “algumas coisas” para depois, como algumas estradas internas e áreas de estacionamentos, para assim iniciar as atividades das novas eclusas no começo de 2016.

O Canal do Panamá ampliado aumentará de 300 milhões de toneladas para 600 milhões de toneladas anuais a capacidade de transporte da rota por onde passa 6% do comércio mundial. O projeto de ampliação consiste em construção dos complexos de eclusas, um adjacente à entrada do Pacífico e outro adjacente à entrada do Atlântico.



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