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Preços dos cruzeiros caem até 30%

O mercado de cruzeiros no Brasil vem crescendo a cada ano e a temporada 2009/2010 promete ser a melhor da história do setor. E com preços até 30% mais baratos em função do dólar baixo e da crise que reduziu os valores dos pacotes. A Associação Brasileira de Representantes de Empresas Marítimas (Abremar) projeta que até 900 mil pessoas participem de cruzeiros nesta temporada, que começou em novembro e vai até os primeiros dias de abril. O incremento em relação à temporada passada é de 70%, ainda que o número previsto de escalas tenha aumentado apenas 22%. Neste ano serão 18 navios visitando 22 portos brasileiros, duas embarcações a mais do que na temporada passada e o triplo do registrado em 2004/ 2005. As opções na costa brasileira estão se diversificando. Para atrair novos clientes, as empresas oferecem viagens mais populares, consideradas “de entrada”, com minicruzeiros de três dias. Mas também há viagens de mais de sete noites. Viagem de cruzeiro tem algumas vantagens, como atividades a bordo, e a inclusão de todas as refeições no pacote. Além disso, em um único cruzeiro o turista conhece vários destinos. “Os navios são verdadeiros hotéis flutuantes, com instalações e serviços equivalentes a quatro ou cinco estrelas”, diz o agente de turismo Mário Rogério Miki, da agência Starover. De acordo com Miki, cruzeiros de uma semana custam em média US$ 100 por dia em pacotes de cabine externa. “Preços para cabine interna até caem um pouco”, diz. Na alta temporada, quando os valores se apreciam, um pacote de Natal de sete noites pela operadora CVC partia de US$ 1.473 por pessoa em cabine interna e US$ 1.847 por pessoa em cabine externa. Investimentos Na avaliação do vice-presidente da Abremar, Adrian Ursilli, o forte crescimento no Brasil tem a ver com a facilidade de financiamento e principalmente com o investimento em marketing por parte das empresas do setor. “Estamos trabalhando há dez anos para abrir este mercado, medindo a satisfação dos hóspedes e fazendo melhorias para adequar nossos serviços ao cliente brasileiro.” Ele afirma que as empresas de cruzeiros que trabalham no Brasil têm um caráter “desbravador”, porque são raros os destinos que têm infraestrutura 100% adequada para embarque e desembarque de passageiros. Um exemplo disso é que, na região Sul, apenas Santa Catarina recebe transatlânticos – Itajaí, Imbituba e Porto Belo ainda são os únicos destinos com infraestrutura. No Paraná, o Porto de Paranaguá recebe cruzeiros eventualmente – está programada a chegada de um navio em março. A secretária de Turismo de Itajaí, Maria Valdete Orci de Campos, diz que a temporada de cruzeiros incrementa em 40% o faturamento com comércio e serviços da cidade. De acordo com ela, cada turista gasta, em média, R$ 100 em cada cidade que visita ao deixar o navio. De acordo com a Abremar, na temporada passada o setor sustentou 6,1 mil empregos diretos na temporada, sem considerar as atividades comerciais e de serviços em cada destino visitado. Estrutura Florianópolis, que seria um destino natural e cobiçado pelas operadoras de cruzeiros, é um bom exemplo de falta de infraestrutura para navios de grande porte, segundo Ursilli. A ilha, apesar de ter quase 60 quilômetros de extensão, carece de baías navegáveis. Na temporada de 2005/2006, o governo de Santa Catarina tentou atrair desembarques de trans­atlânticos na capital com a instalação de uma poita (espécie de boia) no meio da baía de Canasvieiras, no Norte da capital. O transporte dos passageiros de alto mar até a terra foi feito por botes, como acontece em outras regiões. No entanto, em Florianópolis a ideia não vingou em função do vento que costuma incidir na região. (fonte: Gazeta do Povo/André Lückman)





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