Será apresentada nesta segunda-feira (22) na São Paulo Boat Show 2025 a maquete da Explorer H1, apontada como a primeira embarcação brasileira movida a hidrogênio verde (H2V). O projeto será mostrado também na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que será em novembro em Belém, no Pará.
O Explorer H1 terá 36 metros de comprimento e áreas internas alimentadas por hidrogênio verde sem emissão de carbono. Na segunda fase, o modelo será adaptado para motores híbridos a hidrogênio e óleo diesel, que permitirão reduzir em até 80% as emissões de CO₂. O barco, que foi projetado para navegação em águas rasas, está em construção no estaleiro Inace, em Fortaleza, no Ceará.
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Segundo o Grupo Náutica, responsável pelo projeto, a embarcação já está 80% concluída, iniciou os testes no mar e será apresentada de forma exclusiva na COP30 com sua hotelaria funcionando com o abastecimento de hidrogênio. Isso inclui toda a parte de eletricidade/energia do barco, como ares-condicionados, luzes, tomadas e eletrônicos.
No mesmo evento, está prevista a divulgação de um vídeo em 3D do segundo barco sem emissões de carbono, o Explorer H2. Ele será usado como laboratório flutuante dedicado à pesquisa e ao estudo dos biomas brasileiros e terá capacidade de gerar seu próprio hidrogênio.
A iniciativa, do Grupo Náutica em parceria com o Itaipu Parquetec, centro de produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil, representa investimento de R$ 150 milhões e tem o apoio de gigantes como a GWM Hydrogen/FTXT. Segundo Ernani Paciornik, presidente do Grupo Náutica, o projeto é inédito no mundo e tem como meta colocar o Brasil na vanguarda da economia sustentável do mar. “Estamos construindo um caminho que une ciência, sustentabilidade e inovação para transformar a mobilidade náutica”, afirmou.
A construção das embarcações movidas a hidrogênio verde faz parte do projeto JAQ Hidrogênio Verde, que une náutica, energia limpa e tecnologia. A etapa final, em 2027, prevê a entrega da Explorer H2, com 50 metros de comprimento e capaz de gerar o próprio hidrogênio a bordo a partir da água do mar e operar de forma 100% autossustentável e sem emissões de carbono. Ele está em construção no Estaleiro do Arpoador, no Guarujá, em São Paulo, e será usado no apoio a operações de mergulho e coleta de dados hidrográficos e oceanográficos.