A Transpetro nomeou ontem a primeira mulher comandante de navio mercante do Brasil. A paraense Hildelene Lobato Bahia assumiu o comando do navio Carangola, da frota da Transpetro. Graduada em Ciências Contábeis, ela prestou concurso para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante em 1997 e, já formada, foi contratada pela Transpetro em 2001.
No navio Lorena, Hildelene passou sete importantes anos que marcaram seu pioneirismo na carreira marítima. Lá, tornou-se segundo e primeiro piloto, a primeira mulher no Brasil a chegar a imediato ? segundo cargo na hierarquia de um navio ? e a primeira capitã de cabotagem. A embarcação, inclusive, ficou conhecida como ?o navio da imediata?. Em 2003, prestou concurso para a Transpetro e passou definitivamente para o quadro da frota.
A trajetória de Hildelene é um exemplo seguido por muitas mulheres na Transpetro. Até o ano 2000, a frota de petroleiros da companhia, atualmente com 53 navios, era um reduto masculino. O panorama se modificou sobretudo a partir de 2003 e hoje a contribuição das marítimas é um importante indicador da evolução da equidade de gênero na força de trabalho da empresa. Atualmente a empresa conta com mais de 100 mulheres a bordo de seus navios, desempenhando diferentes funções. Além das que atuam na função de imediato, há oficiais de máquinas e de náutica, auxiliares de saúde, bombeadoras, eletricistas e auxiliares de convés.
Símbolo de ousadia, coragem, competência e liderança, Hildelene assume o navio Carangola e realiza o sonho mais elevado de sua paixão pelas ciências náuticas. O navio, com capacidade de 18 mil toneladas de porte bruto, transporta derivados escuros de petróleo entre portos da costa brasileira, uruguaia e argentina. (Da redação)
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