Receba notícias em seu email

Navalshore

V. Ships cresce mesmo na crise

Roberto Bishop, diretor-executivo da V.Ships, e Léo Freitas, presidente do grupo no Brasil, afirmam que a crise não preocupa a empresa, líder mundial em gestão de navios.

– Na verdade, até ajuda, pois nesse período, as empresas buscam redução de custos e, com 1.150 navios gerenciados em todo o mundo, nosso grupo não só tem a expertise para cuidar do dia a dia, como pode conseguir melhores preços para serviços e produtos – disse Bishop.

Freitas acrescenta que, no Brasil, o grupo cresceu 40% no ano passado e agora gerencia 75 navios. “Há um ano, gerenciávamos cerca de 2.100 marítimos e agora são 2.700“, frisa. Léo Freitas, que substitui no cargo a Eduardo Bastos, revela que boa parte do crescimento é do setor de apoio marítimo, com gestão de diversos tipos de unidades, inclusive dois “flotéis”, espécie de hotéis no mar, que são Gran Energia CSS Olimpia e Posh Xanadu. Esse último acaba de chegar e deverá ficar cinco anos a serviço da Petrobras.

Freitas acredita que, em 2015, novamente a empresa deverá conseguir bons resultados. “Por conta com volume de embarcações que gerenciamentos no mundo, conseguimos negociar para nossos clientes preços mais atrativos, melhor serviço e qualidade. Em 2015, esperamos diversificar nossas atividades e trazer para o Brasil serviços adicionais ao nosso portfolio, como gerenciamento de treinamentos, endossos e certificações, inspeções técnicas, catering e serviços de viagens através da V.Ships Marine Travel e outros”.

O escocês Robert Bishop afirma que, em relação a marítimos, os itens mais importantes são a segurança a bordo e a possibilidade de ascensão para os profissionais.

– De nada adianta recrutar marítimos a baixo preço, pois serão homens insatisfeitos a bordo. A vida no mar é dura, mas os salários são mais altos do que os de terra, e, com muitos navios sob controle, a V. Ships pode oferecer oportunidades de acesso àqueles que se destacam – diz, salientando que, hoje, os navios são muito caros e sofisticados e precisam ser operados por pessoal capacitado.

Como a V.Ships não dispõe de frota própria, não concorre com os armadores, seus clientes. Bishop aponta que o maior problema do setor é a queda nos fretes, que não apresentou plena recuperação desde o fim de 2008. Para ele, há problemas com granéis líquidos, granéis sólidos e porta-contêineres, mas a maior depressão é no mercado de apoio marítimo, o chamado offshore. Muitas empresas e países reduziram a exploração de óleo e, com isso, há sobra de navios tipo “supply” no mercado. Parte desses navios procura o Brasil.

Bishop recorda que, há tempos, havia um glamour pela vida no mar e, agora, ao contrário, os jovens querem permanecer em terra. Assim, a navegação só consegue mão-de-obra pagando salários mais altos. Acrescenta que, para atrair pessoal, as empresas oferecem atrações a bordo, como vídeos e acesso por internet, além de reduzir o tempo das viagens, para permitir contato familiar mais próximo aos tripulantes.

Em relação ao fim da crise, destaca que, na China, nada menos de 24 milhões de pessoas ingressam a cada ano no mercado de trabalho. Com isso, manter estaleiros por lá, mesmo que deficitários, é bom negócio para o governo, pois são intensivos de trabalho – mas isso afeta a construção naval no resto do mundo. Um grande armador chinês, a China Shipping, é cliente da V. Ships. Observa Bishop que, para tripular supernavios, com 19 mil contêineres, bastam de 22 a 24 marítimos, o que comprova a alta tecnologia a bordo. A V. Ships tem sede em Mônaco, base técnica em Glasgow e 70 escritórios pelo mundo.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta






PUBLICIDADE




   Zmax Group    Antaq    Antaq
       

NN Logística

 

 

Anuncie na Portos e Navios

 

  Sinaval   Syndarma
       
       

© Portos e Navios. Todos os direitos reservados. Editora Quebra-Mar Ltda.
Rua Leandro Martins, 10/6º andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20080-070 - Tel. +55 21 2283-1407
Diretores - Marcos Godoy Perez e Rosângela Vieira