A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis estima que cerca de 60 plataformas marítimas sejam instaladas no litoral brasileiro até 2030, a maior parte no pré-sal. O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, ressaltou que a ausência de oferta nos campos de Sépia e Atapu, na rodada de excedentes da cessão onerosa realizada na última quarta-feira (7), não impacta essa programação porque a Petrobras já opera nessas áreas.
Oddone explicou que as plataformas que vão produzir o petróleo original da cessão onerosa já estão contratadas. A P-70, em construção em estaleiro chinês, está prevista para ser instalada em Atapu em 2020. Já a plataforma de Sépia é esperada para 2021. Ele lembrou que o campo de Búzios tem quatro plataformas em operação. “Veremos nos próximos anos no Brasil a perfuração de centenas de poços marítimos e a instalação de dezenas de plataformas”, projetou.
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O diretor-geral disse que também não haverá impacto por causa dos campos que não receberam lances na 6ª rodada de partilha de produção, realizada nesta quinta-feira (7). “Não ter contratado quatro das áreas também não tem impacto relevante porque a ANP faz simulações e análises de riscos geológicos assumindo que parte dos blocos não terá descoberta de petróleo e outros sim”, explicou. Ele citou o campo de Aram, arrematado no certame, que tem risco exploratório menor e alta produtividade em relação aos demais ofertados.
O leilão de partilha arrecadou R$ 5 bilhões, mas só teve oferta para um dos cinco campos em disputa. A Petrobras será a operadora do campo de Aram, na Bacia de Santos. A empresa tem 80% de participação no consórcio vencedor, que tem ainda a chinesa CNODC Brasil com 20%. O consórcio deu o único lance por esse campo, ofertando o percentual mínimo de excedente em óleo de 29,96%. O bônus de assinatura é de R$ 5,05 bilhões e os investimentos previstos são da ordem de R$ 278 milhões