Cerca de 200 trabalhadores do setor de petróleo e gás offshore da Noruega planejam entrar em greve em 4 de junho a não ser que negociações salariais levem a um acordo com as empresas, disse o líder de um sindicato à Reuters nesta quarta-feira.
Uma greve atingiria sete campos offshore e ao menos dois deles teriam que parar a produção, cortando a produção em um total de 102.600 barril de óleo equivalente por dia (boed), segundo a associação local do setor NOG.
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Enquanto os campos de Gjoea, da Neptune Energy, e Draugen, da Okea, seriam fechados em uma fase inicial da greve, ainda não está claro se o mesmo aconteceria com os campos de Bristin, Oseberg East e Gudrun, da Equinor, ou no campo Aker, da BP, disse Ivar Aasen, da associação NOG.
Esses seis campos produziram cerca de 330.000 barris (boed) durante os primeiros três meses do ano, segundo cálculos da Reuters com dados oficiais.
O sétimo campo, Ekofisk, operado pela ConocoPhilips, produziu cerca de 120.000 boed durante o mesmo período, mas a área tem atividades de manutenção previstas para este verão, o que significa que a produção será paralisada.
O sindicato dos trabalhadores, Lederne, também conhecido como Organização Norueguesa de Gestores e Executivos, poderá ainda ampliar a greve posteriormente para um total de cerca de 1.000 trabalhadores.
Sob as leis norueguesas para acordos coletivos, um mediador apontado pelo governo terá um prazo até 3 de junho para negociações, e uma greve só será autorizada após essa data.
Os dois maiores sindicatos, Industri Energi e Safe, que representam um total combinado de 6 mil trabalhadores da indústria de petróleo offshore, não estão autorizados a lançar greves neste ano devido às regras locais de negociação coletiva.
A Noruega é o maior produtor de petróleo da Europa Ocidental, com uma produção diária de petróleo, condensado e gás natural no mês passado de 3,9 milhões de barris de óleo equivalente.
Fonte: Reuters