A Dinamarca decidiu encerrar todos os novos projetos de exploração de petróleo e gás no Mar do Norte, como parte de um plano para deixar de extrair combustíveis fósseis até 2050.
O parlamento do país concordou em descartar novas rodadas de licenciamento de exploração planejadas na região e disse que a extração deve ser totalmente encerrada até a metade deste século, quando a Dinamarca pretende ser neutra em carbono.
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Trata-se de uma das medidas mais drásticas já anunciadas por um país produtor de petróleo para reduzir as emissões de carbono.
Embora a Dinamarca seja um pequeno produtor em comparação com os padrões globais, o movimento é o mais significativo para proibir a extração e segue gestos simbólicos já feitos por países como França e Nova Zelândia.
A mudança faz parte uma guinada global para se afastar dos combustíveis fósseis à medida que mais países e empresas buscam reduzir suas emissões de carbono, com o objetivo de limitar o aquecimento global.
Várias economias importantes, como Alemanha, França e Reino Unido, anunciaram, recentemente, metas para atingir a neutralidade em carbono até 2050. China e outros países asiáticos fizeram
promessas semelhantes.
Enquanto isso, gigantes da energia, como BP e Total, sinalizaram intenção de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e investir mais em fontes renováveis, como a energia eólica e solar.
A Dinamarca é, há muito tempo, um líder global na luta contra a mudança climática. O país prometeu cortar suas emissões de gases que causam o efeito estufa em 70% entre 1990 e 2030, sendo também pioneiro no uso da energia eólica offshore. As duas maiores empresas do setor, Orsted, e Vestas Wind Systems, são dinamarquesas.
“Queremos ser os primeiros na luta contra as mudanças climáticas e pensamos que, se quisermos fazer a diferença, precisamos fazer isso inspirando outras pessoas”, disse o ministro do Clima, Energia e Abastecimento da Dinamarca, Dan Jorgensen.
Fonte: Valor