A preocupação de países com o aumento no preço do barril de petróleo levou países influentes, como Estados Unidos, Índia e Japão, a fazer pressão diplomática nas nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para manter o preço abaixo de US$ 100. O valor, já aventado pelo presidente russo Vladimir Putin, alarmou países que dependem da importação do combustível fóssil.
Nos últimos meses, o preço do barril saltou de US$ 50 para mais de US$ 85, que impactou o mercado global e a alta do dólar. A portas fechadas, há uma intensa campanha para que a Opep+, cartel que tem a Rússia como um de seus membros, para aumentar a produção de petróleo e, portanto, baratear o valor do barril. O cartel se reúne virtualmente, em 4 de novembro, para rever suas políticas.
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O esforço sigiloso se soma a apelos públicos, tendo em vista o cenário de inflação alta e recuperação econômica pós-pandemia. O presidente americano Joe Biden está preocupado com o aumento do preço da gasolina para o maior nível em 7 anos e há semanas vem pedindo que a Opep+ produza mais petróleo.
O Japão, quarto maior comprador de petróleo do mundo, também se juntou à campanha no final de outubro, a primeira ação do governo de Tóquio desde 2008. A Índia, o terceiro maior consumidor, também pediu aumento da produção do combustível. A China se cala em público, mas é igualmente ativa a portas fechadas, de acordo com os diplomatas.
— Estamos em uma crise energética — disse Amos Hochstein, o principal diplomata dos EUA para o setor, ecoando uma opinião amplamente defendida pelas grandes nações consumidoras de petróleo. — Os produtores precisam assegurar que os mercados de petróleo e gás estejam equilibrados.
Fonte: Valor