A norueguesa Equinor anunciou nesta terça-feira a decisão de investimento final no desenvolvimento do projeto de Bacalhau (ex-Carcará), no pré-sal da Bacia de Santos. O investimento estimado para produzir no campo é de US$ 8 bilhões.
Bacalhau é o primeiro campo do pré-sal a ser desenvolvido por uma petroleira estrangeira no Brasil. O projeto é uma sociedade com a ExxonMobil (40%), Petrogal Brasil (20%) e a Pré-sal Petróleo SA (PPSA) – representante da União na gestão do contrato.
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A Equinor prevê iniciar a produção do ativo em 2024, mas alerta que, “devido à pandemia de covid-19 e às incertezas relacionadas, os planos do projeto podem ser ajustados em resposta às restrições de saúde e segurança”.
A empresa cita que o projeto é competitivo globalmente, com um break-even (preço de equilíbrio econômico) abaixo de US$ 35 o barril.
As reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase do projeto são de mais de um bilhão de barris de petróleo.
O plano de desenvolvimento de Bacalhau foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março de 2021.
O desenvolvimento do campo consistirá na interligação de 19 poços submarinos a uma plataforma flutuante com capacidade de produção de 220 mil barris por dia e dois milhões de barris de armazenamento. O óleo será escoado para navios aliviadores e o gás da fase 1 será reinjetado no reservatório.
A Equinor destaca ainda que a intensidade média de CO2 de Bacalhau, ao longo de sua vida, seja inferior a 9 quilos por barril produzido, inferior à média global de 17 kg por barril.
Fonte: Valor