Petrobras avalia que unidade da Modec será importante nesse processo. Plataforma atingiu 1º óleo e iniciou afretamento por 25 anos


O FPSO Anita Garibaldi MV 33 alcançou a produção do primeiro óleo na última quarta-feira (16). Implantado para operações de produção no campo de Marlim, na Bacia de Campos, no litoral Norte do Rio de Janeiro, o FPSO vai operar sob o regime de contrato de afretamento de 25 anos para a Petrobras. De acordo com a Modec, este é um dos mais longos charters da empresa até hoje e a embarcação é o 14º projeto seu em parceria com a Petrobras.

O presidente e CEO da Modec Offshore Production Systems (Cingapura) Pte. Ltda, Soichi Ide, destacou que o FPSO desempenhará um papel fundamental no projeto de revitalização da Petrobras na Bacia de Campos. Já a Petrobras avalia que a implantação das novas plataformas no campo de Marlim neste ano representa mais longevidade para a atuação na Bacia de Campos e projeta que a produção deve aumentar de forma significativa com a entrada do FPSO Anita Garibaldi.

“Esse projeto de revitalização da bacia representa mais um aprendizado para nós, além de ser uma oportunidade para contribuirmos ainda mais para o desenvolvimento da região, bem como da indústria local de bens e serviços que nos atende”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Com um peso total de mais de 40.000 toneladas, o topside é o maior que a empresa instalou. O FPSO também é o primeiro da MODEC a utilizar o conceito de tanque de separação, usando os tanques de óleo de carga do navio para lidar com grandes volumes de água produzida (até 270.000 barris por dia) no processo de separação de óleo/água. Ancorado a cerca de 150 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d'água de aproximadamente 670 metros, o FPSO é capaz de processar 80.000 barris de petróleo bruto e 7 milhões de metros cúbicos de gás por dia e tem capacidade de armazenamento de até 1 milhão de barris de petróleo bruto.

O Anita Garibaldi é a 16ª embarcação FPSO/FSO que a Modec entregou ao setor de petróleo e gás no Brasil. A empresa foi responsável pela engenharia, aquisição, construção e mobilização do projeto, incluindo equipamentos de processamento de topsides, bem como sistemas marítimos e de casco. A Sofec, Inc., empresa do grupo Modec, foi responsável pelo projeto e aquisição do sistema de ancoragem estendido para o FPSO.

“Entregar um FPSO para substituir as instalações de produção existentes no campo foi um desafio em termos de projeto e engenharia. A pandemia de Covid-19 também trouxe desafios inesperados e sem precedentes. No entanto, estamos orgulhosos de ter entregado o projeto com segurança através do trabalho árduo, solidariedade e inovação das equipes”, acrescentou Ide. Atualmente, a Modec opera 14 plataformas de petróleo e gás e possui outras duas unidades em construção para o país.