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GNA inicia operação comercial de sua primeira termelétrica

Usina é parte do maior parque de geração a gás natural da América Latina

A GNA - Gás Natural Açu, joint venture formada pela bp, Siemens SPIC Brasil e pela Prumo Logística, controlada pelo EIG Global Energy Partners, anuncia que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou, nesta quinta-feira, (16), todas as unidades geradoras que compõem a UTE GNA I para início de operação comercial. Totalizando investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a GNA I é uma usina termelétrica movida a gás natural localizada no Porto do Açu, região norte do estado do Rio de Janeiro.

Com 1.338 MW de capacidade instalada, o suficiente para fornecer energia a seis milhões de residências, o empreendimento contribuirá para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN).

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Recentemente, a GNA concluiu a emissão de debêntures de infraestrutura, destinada à operação de refinanciamento da UTE GNA I, no valor de R$ 1,8 bilhão. A transação foi inédita no mercado de capitais por vários aspectos, com destaque para atuação do BNDES, pela primeira vez, como investidor e estruturador de uma operação desta natureza.

Além da UTE GNA I, a GNA irá construir a UTE GNA II, com 1.672 MW de capacidade instalada, suficiente para fornecer energia para 14 milhões de residências. Com 3GW de energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o Complexo de 6,4 GW é o maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de Gás Natural Liquefeito (GNL) onde está atracada a FSRU BW MAGNA, com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia.

A localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial, desempenhando papel relevante e estratégico no desenvolvimento socioeconômico do País nos próximos anos. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é de cerca de US$ 5 bilhões.

O presidente da GNA, Bernardo Perseke, destaca que a entrada em operação comercial da UTE GNA I é um marco na história da companhia. "É com grande satisfação que anunciamos o início da operação comercial de nossa primeira usina, que marca a transição da GNA para uma empresa operacional, como um player de destaque no setor elétrico brasileiro. Entramos em operação em um momento crucial para o país, trazendo energia confiável para o sistema, a partir do gás natural, um combustível catalisador da transição energética global".

Carlos Baldi, diretor de Implantação e Operações, lembra ainda que esta conquista é fruto do trabalho em equipe de um time muito comprometido e dedicado. "Enfrentamos juntos a maior crise sanitária da história, que nos desafiou a buscar soluções, tendo a saúde e a segurança como prioridades, para seguirmos com o nosso projeto e chegarmos até aqui".

A UTE GNA I é uma usina termelétrica em ciclo combinado composta por três turbinas a gás e uma turbina a vapor. Graças a tecnologias avançadas, aproximadamente um terço da energia produzida pela usina é gerada a partir da turbina a vapor. Isso significa a capacidade de geração de aproximadamente 465 MW, sem consumo adicional de gás, o suficiente para abastecer mais de 2 milhões de residências.

A operação em ciclo combinado e a utilização de turbinas de alta eficiência energética, que combinam menor consumo de gás e menor emissão atmosférica, garantem o fornecimento de energia elétrica de base estável e segura para complementar a expansão de fontes renováveis.

A engenharia, fornecimento e construção da usina (EPC) foi realizada pela Siemens Energy, em consórcio com a Andrade Gutierrez. A empresa também será responsável pela operação e manutenção (O&M) da usina.

A usina conta com uma unidade de dessalinização, responsável pelo abastecimento de água do parque termelétrico. Essa unidade possibilita que a operação comercial se baseie em 100% de utilização de água do mar, reforçando o compromisso da GNA com a utilização racional dos recursos hídricos.

A usina começou a ser construída em 2018 e empregou mais de 12 mil trabalhadores em diferentes momentos do projeto. Para priorizar a contratação de mão de obra local, a GNA criou um Programa de Qualificação Profissional gratuito, em que 56% dos alunos que concluíram os cursos foram contratados para trabalhar nas atividades da GNA, inclusive um número relevante de mulheres, incentivando a equidade de gênero na força de trabalho.

Um dos diferenciais da GNA é a sua estrutura acionária, composta por empresas líderes em suas áreas de atuação. A parceria entre os sócios traz robustez e credibilidade à atuação da GNA ao fornecer tecnologia, conhecimento técnico e operacional, além de recursos para desenvolver e operar um hub de Gás e Energia de classe mundial.

Carlos Tadeu Fraga, CEO da Prumo, destaca a relevância da GNA para a estratégia de desenvolvimento de negócios no Porto do Açu: "As características únicas de localização e infraestrutura do Açu permitem o desenvolvimento de um hub integrado de gás, energia e indústria. O início das operações da UTE GNA I é um marco para o Porto do Açu e contribuirá para a atração de indústrias intensivas em gás, fundamental para impulsionar a industrialização na retroárea do porto, e para acelerar os negócios de baixo carbono que a Prumo pretende atrair nos próximos anos. A operação da GNA I posiciona o Açu como pioneiro nesta transição e porta de entrada para projetos renováveis e estruturantes no Brasil".

Mario Lindenhayn, head of country da bp Brasil, destaca que o gás natural terá função cada vez mais relevante na transição energética brasileira e reforça que a GNA, como usina movida a GNL, tem um papel importante na estratégia da empresa no país.

"A bp é uma empresa de energia integrada com atuação global. Por isso, além de investidora da GNA e fornecedora exclusiva de GNL, contribui com o projeto por meio da sua ampla experiência nos segmentos de GNL, gás natural e de comercialização de energia. Atuamos em diversos hubs de gás ao redor do mundo, e temos o conhecimento para contribuir com a otimização da operação e mitigação de riscos para a GNA".

Wolfgang Beitz, CFO da Siemens Brasil, comenta: "Com este importante marco alcançado, a UTE GNA I está posicionada para ser uma grande contribuidora para o setor de energia brasileiro". O executivo completa: "Junto com nossos acionistas, a Siemens está orgulhosa de nossas realizações até o momento neste projeto".

A SPIC Brasil é parte de um dos cinco maiores grupos geradores de energia da China, com capacidade total instalada de 176 GW. "Somos líderes em energia solar, eólica, hidroelétrica, hidrogênio e térmica, incluindo gás e nuclear. Fazer parte dessa joint venture entre grandes empresas, significa manter o nosso compromisso em desenvolver energias provenientes de fontes inovadoras, sustentáveis e competitivas para a matriz energética brasileira", afirma Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.

Expansão

As obras da UTE GNA II serão iniciadas em breve, com previsão de gerar cerca de 5 mil postos de trabalho durante a fase de construção. A GNA possui, ainda, licença ambiental para mais que dobrar a capacidade instalada, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de novos projetos termelétricos no Açu. A expansão do complexo contempla ainda gasodutos terrestres e uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), atualmente em fase de licenciamento.



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