A Pré-Sal Petróleo (PPSA), estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), anunciou que será realizado em 4 de dezembro, na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, em São Paulo, o leilão de áreas não contratadas das jazidas compartilhadas de Mero, Tupi e Atapu. Será oferecida toda a participação da União nessas áreas, que correspondem a 3,5% em Mero, 0,551% em Tupi e 0,95% em Atapu.
A PPSA informou que o leilão tem como base a Lei 15.164, de 2025, que autorizou a União a vender seus direitos e obrigações decorrentes de acordos de individualização da produção em áreas não concedidas ou não partilhadas na área do pré-sal e em áreas consideradas estratégicas. Explicou ainda que os parâmetros técnicos e econômicos do leilão serão avaliados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
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O diretor-presidente da PPSA, Luis Fernando Paroli, disse que as áreas oferecidas estão no coração do pré-sal brasileiro, uma das províncias petrolíferas mais produtivas do mundo. Segundo ele, todos os campos estão em operação, com poços de altíssima produtividade e reservas expressivas. “Certamente, atrairemos investidores que buscam ativos em operação de alta performance, com fundamentos comprovados e potencial de crescimento”, previu.
A PPSA anunciou ainda a realização, em 1º de setembro, de um seminário para que os interessados conheçam detalhes sobre o leilão e sobre o que está sendo oferecido. Além disso, de 9 de setembro a 5 de novembro, a estatal divulgará dados sobre as jazidas. Antes, até 8 de setembro, receberá sugestões para as regras do edital e para a redação dos contratos
De acordo com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os campos de Tupi, Mero e Atapu estão entre os seis maiores produtores do Brasil. Eles são operados pela Petrobras em parceria com grandes empresas do setor, entre elas Shell, Total, CNODC, CNOOC e Galp. A PPSA é a representante da União nas áreas não contratadas nas jazidas compartilhadas e é responsável pela comercialização da produção das parcelas de petróleo e gás natural que cabem ao Estado nos campos.