No primeiro trimestre de 2025, a Petrobras registrou um aumento de 5,4% na produção média de óleo, GNL e gás natural, totalizando 2,77 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboed). De acordo com a companhia, o desempenho foi impulsionado pela redução de perdas com manutenções, maior eficiência operacional na Bacia de Santos, início da produção do FPSO Almirante Tamandaré no campo de Búzios e o ramp-up do FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero, apesar do declínio natural de produção. Nesse período, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo seis na Bacia de Campos e cinco na Bacia de Santos.
A produção do FPSO Almirante Tamandaré, iniciada em 15 de fevereiro, marca o início da operação de um sistema com capacidade de produzir até 225 mil barris de óleo por dia e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás. É o primeiro de seis sistemas contratados pela Petrobras com esse porte, e sua plena capacidade deve ser atingida até o fim do ano. O sistema também estabeleceu novo recorde ao iniciar a injeção de gás apenas 49 dias após o início da operação, superando a marca anterior do FPSO Almirante Barroso.
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Outro destaque foi o segundo poço produtor do FPSO Marechal Duque de Caxias, que entrou em operação em 12 de fevereiro e alcançou produção diária de cerca de 95 mil barris de óleo, com expectativa de atingir o pico ainda no segundo trimestre. O FPSO Alexandre de Gusmão, após deixar a China em dezembro, chegou ao campo de Mero em março, com ancoragem concluída em dez dias e previsão de início de operação entre o segundo e o terceiro trimestre. A unidade tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia e comprimir 12 milhões de m³ de gás.
A Petrobras estabeleceu novos recordes operacionais no pré-sal: produção de óleo e GNL de 2,77 MMboed e produção total operada de 3,38 MMboed, superando os números registrados no quarto trimestre de 2023. As vendas de derivados no mercado interno cresceram 2,9% em relação ao primeiro trimestre de 2024, com destaque para diesel, gasolina e QAV. O óleo do pré-sal representou 73% da carga processada, mantendo o recorde anterior do terceiro trimestre de 2024 e reforçando o foco na valorização de correntes de maior valor agregado e menor impacto ambiental.
Os derivados médios e gasolina representaram 69% da produção total no trimestre, mesmo com a parada geral programada na RNEST, onde foram finalizadas as obras de modernização do Trem 1. Em fevereiro, a companhia realizou sua primeira venda de VLSFO com 24% de conteúdo renovável no mercado asiático, em parceria com a Golden Island. O produto combina óleo combustível mineral com UCOME, biocombustível derivado de óleo de cozinha usado, e foi certificado pela ISCC EU, atestando sua sustentabilidade.