A Petrobras assinou contratos de afretamento para quatro RSVs (ROV Support Vessel), embarcações equipadas com robôs destinadas ao apoio de operações submarinas. As unidades serão construídas no estaleiro Navship, em Navegantes (SC), e a previsão é de que sejam entregues em 2029 e 2030. Os contratos somam R$ 10,2 bilhões e foram fechados após processo licitatório iniciado em outubro de 2024.
As embarcações serão usadas em inspeção, manutenção e instalação de sistemas submarinos com uso de veículos operados remotamente (ROVs). Segundo a empresa, elas terão sistemas de propulsão com tecnologia de geração híbrida, além da possibilidade de operar etanol, o que vai permitir redução de emissões de poluentes e de consumo de combustível, com ganhos de eficiência superiores a 30%.
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A Petrobras informou que o contrato estipula mínimo 40% de conteúdo local na fase de construção e de 60% na operação, mas que a empresa contratada para o afretamento, a Bram, planeja contribuir os barcos com até 80% na produção e até 90% na fase de uso nas atividades planejadas. Ao todo, deverão ser gerados mais de 1.500 empregos diretos e 5.400 mil indiretos entre as fases de obras e quando as embarcações estiverem operando.
Refino
A estatal anunciou ainda que, na última sexta-feira (3), assinou cinco contratos de serviços para a construção de unidades para o Projeto Refino Boaventura, de modernização de seu parque de refino. Estão previstas a construção de duas unidades inéditas em refinarias da Petrobras: a Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio (HIDW), para produção de lubrificantes de Grupo II; e o Hidrocraqueamento Catalítico (HCC), produtor de diesel S-10 e QAV. O valor total dos contratos é de R$ 9,6 bilhões.
De acordo com a estatal, o projeto permitirá a integração da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) ao Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, também no estado do Rio de Janeiro. Com isso, será aumentada a produção de derivados de maior valor agregado e baixo teor de enxofre, como diesel S-10 e lubrificantes de Grupo II. A previsão é de ampliar a capacidade de refino em 76 mil barris por dia de diesel S-10, 20 mil barris por dia de querosene de aviação (QAV) e 12 mil barris diários de lubrificantes Grupo II, além de gerar cerca de 15 mil empregos diretos no pico da obra.