A Petrobras fechou o primeiro trimestre de 2021 com 47 plataformas sob sua operação, ante 86 em igual período do ano anterior, disse o diretor executivo da estatal, Fernando Borges, em conferência com analistas nesta sexta-feira sobre o balanço divulgado na véspera.
A queda é fruto da decisão da estatal de hibernar diversas unidades ao longo de 2020, além da execução do programa de desinvestimentos da companhia.
PUBLICIDADE
De acordo com Borges, com isso, a idade média das plataformas operadas pela Petrobras caiu de 18 anos para 10 anos na comparação anual. “Isso significa menores custos de manutenção”, afirmou.
O executivo disse que, durante o primeiro trimestre de 2021, o ritmo de paradas para manutenção de plataformas voltou à normalidade. No ano passado, devido à pandemia de covid-19, a Petrobras precisou adiar diversas paradas para o último trimestre do ano.
O diretor executivo de desenvolvimento da produção, João Rittershaussen, disse que a Petrobras pretende concluir, ainda em 2021, a contratação de três das plataformas que estão previstas para iniciar produção até 2025. Ao todo, a estatal prevê colocar 13 plataformas em operação entre 2021 e 2025, nos campos de Búzios, Itapu, Mero, Sépia, Marlim e no Parque das Baleias.
Na área de exploração, Borges anunciou que a Petrobras pretende ter já no início de 2022 as licenças ambientais para iniciar campanhas de perfuração na Margem Equatorial. “Achamos essa área muito interessante, dadas as descobertas recentes no Suriname e na Guiana”, disse.
Mais tarde, em entrevista coletiva, Borges disse que a Petrobras planeja perfurar até o final de 2022 três poços na região da Margem Equatorial. A previsão é que os poços sejam perfurados nas bacias Pará-Maranhã, Foz do Amazonas e Barreirinhas.
“Nosso trabalho junto ao Ibama está indo bem. Consideramos a Margem Equatorial uma fronteira exploratória. Estamos empenhando bastante estudo, dedicação e entrega para atender aos requisitos ambientais numa área sensível como aquela”, disse Borges na coletiva.
Parceiros para “coque verde”
A Petrobras está em busca de parceiros em negócios regionais para comercializar “coque verde”, segundo o diretor executivo de refino e gás natural, Rodrigo Costa Lima e Silva.
Em março, a companhia iniciou um novo modelo de comercialização do produto, passando de dois para 11 contratos de venda no Brasil. A companhia que ganhar competitividade de mercado com maior captura de margem na comercialização do produto.
O coque verde de petróleo da Petrobras tem baixo teor de enxofre, estratégia da estatal para vender produtos de menor impacto ambiental.
Fonte: Valor