Os preços futuros do petróleo iniciaram o dia em alta, com a notícia de que dois petroleiros sauditas foram atacados no estreito de Ormuz no fim de semana. No entanto, a falta de informações adicionais sobre o episódio, juntamente com a notícia de que a China iria elevar tarifas de importação para produtos dos Estados Unidos, como retaliação às medidas anunciadas pelos americanos na última semana, derrubou os ganhos da commodity, que terminaram a segunda-feira (13) em baixa.
Os contratos do Brent para julho encerraram o dia em queda de 0,55%, aos US$ 70,23 por barril, na ICE, em Londres. Já os preços do contrato para junho do WTI caíram 1% na divisão de Mercadorias da Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), aos US$ 61,04 por barril, menor valor de fechamento desde 29 de março.
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Segundo o ministério de Energia da Arábia Saudita, dois petroleiros sauditas foram atacados no estreito de Ormuz, no fim de semana, e sérios danos foram causados às estruturas das embarcações.
Pelo estreito de Ormuz, que conecta o Golfo Pérsico ao de Omã, passa cerca de um terço do fluxo global de petróleo e de gás liquefeito de petróleo. “Não é surpresa que os preços estejam reagindo a ameaças em uma das áreas mais críticas para a livre circulação de petróleo”, diz Harry Tchilinguirian, diretor global de estratégia para commodities do BNP Paribas.
Efeito dólar
O fortalecimento do dólar também contribuiu para o enfraquecimento do petróleo. Os ativos normalmente possuem correlação negativa e o índice de dólar da ICE chegou a recuar 0,30% pela manhã. Ao passo que foi zerando os ganhos, com as novas notícias sobre as tensões comerciais, os preços do petróleo, que chegaram a subir 2% pela manhã, viraram a tendência e fecharam o dia no negativo.
Fonte: Valor