A ANP publicou nesta segunda-feira (3), em seu portal, o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural do mês de março, com dados consolidados da produção nacional no período. Pela primeira vez, a produção da Bacia de Santos ultrapassou 70% da produção nacional, registrando sua maior participação relativa na série histórica e a sexta maior, até hoje, em valores absolutos.
No total, foram produzidos 2,56 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo aproximadamente 1,993 MMbbl/d (milhão de barris por dia) de petróleo e 90 MMm3/d (milhões de metros cúbicos por dia) de gás natural.
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A produção nacional foi de aproximadamente 2,844 MMbbl/d de petróleo e 126 MMm3/d de gás natural, totalizando 3,637 MMboe/d. Em relação ao mês anterior, houve aumento de 0,9% na produção de petróleo e redução de 3,9% na de gás natural. Já na comparação com março de 2020, houve redução de 4,3% no petróleo e aumento de 3,6% no gás natural.
Pré-sal
A produção do Pré-sal foi de 2,097 MMbbl/d de petróleo e 89,4 MMm3 de gás natural, totalizando 2,660 MMboe/d. Houve aumento de 2,4% em relação ao mês anterior e de 6,7% se comparada ao mesmo mês em 2020. A produção do Pré-sal teve origem em 118 poços e correspondeu a 73,1% do total produzido no Brasil, alcançando o maior percentual já registrado em relação ao total nacional.
Aproveitamento do gás natural
Em março, o aproveitamento de gás natural foi de 97,5%. Foram disponibilizados ao mercado 50,1 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,1 MMm³/d, uma redução de 8,7% se comparada ao mês anterior e de 6,6% se comparada ao mesmo mês em 2020.
Origem da produção
Neste mês de março, os campos marítimos produziram 96,7% do petróleo e 86,5% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,5% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil.
Destaques
Em março, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 862 MMbbl/d de petróleo e 40,2 MMm3/d de gás natural.
A plataforma Petrobras 75, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 154,372 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Carapaúna, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Uruco, por meio de 32 poços a ela interligados, produziu 7,202 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.032.
Tupi, na Bacia de Santos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 56.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 373,9 boe/d, sendo 89,4 bbl/d de petróleo e 45,2 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 280,9 boe/d.
No mês de março de 2021, 258 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 36 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 61 são marítimas e 197 terrestres, sendo 10 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.436 poços, sendo 465 marítimos e 5.971 terrestres.
O grau API médio do petróleo extraído no Brasil foi de 28,2, sendo 2,7% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 90,6% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 6,8% óleo pesado (<22 API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 97,1 Mboe/d, sendo 76,9 mil bbl/d de petróleo e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 76,9 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 19,8 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 12.721 boe/d no Rio Grande do Norte, 6.172 boe/d na Bahia, 456 boe/d no Espírito Santo, 250 boe/d em Alagoas e 200 boe/d em Sergipe.