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Sem confirmar origem, ministro reafirma que óleo vazado é similar ao da Venezuela

Um dos temas mais abordados durante a 16º rodada de licitações de petróleo e gás, realizada nesta quinta-feira (10), no Rio de Janeiro, foi o vazamento de óleo que atingiu a costa dos nove estados do Nordeste brasileiro. Durante coletiva realizada após a rodada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, negou que o governo tenha confirmado a origem do vazamento, mas reafirmou que as características do petróleo encontrado sejam similares ao extraído na Venezuela.

De acordo com o ministro é provável que a origem do óleo seja proveniente de algum navio em alto mar carregando esse tipo de petróleo, e que esta seja a principal linha de investigação para determinar a origem do vazamento. Embora afirme que não há ainda previsão sobre os resultados dessa investigação, o Ministro garantiu que já foram mobilizados todos os recursos disponíveis não só para limpeza das áreas atingidas, como também para mitigar a propagação do vazamento para outras regiões. “É uma investigação bastante complexa que se iniciou em dois de setembro, e tem diversas agências envolvidas nisso, diversos ministérios, uma coordenação que está sendo a nível governamental. Então, eu acredito que em uma questão de tempo chegaremos à origem do vazamento do óleo”, frisou o Ministro.

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, que também participou da coletiva, garantiu que o óleo vazado não tem qualquer correlação com a produção e exploração de petróleo no Brasil. “Não é um petróleo brasileiro. É um petróleo que foi transportado possivelmente por algum navio na costa do Brasil, passando perto de uma ilha, região costeira, parque, o que é potencialmente provável de acontecer”, destacou.

Décio Oddone também afirmou que o país está preparado para lidar com vazamentos e que Agência, junto com o IBAMA e a Marinha estão dedicados a este tema desde a descoberta do ocorrido, negando que tenha havido qualquer atraso na tomada de providências por parte do governo. “É um vazamento absolutamente atípico. Como foi no alto mar, os volumes de óleo foram chegando aos poucos ao litoral. Ninguém tinha no início a dimensão do que iria acontecer ao longo do tempo à medida que os volumes de petróleo foram à costa em função das correntes”, completou o diretor.

Questionado se a falta de interesse das empresas na aquisição de campos localizados no Nordeste, como é o caso da Bacia Camamu e das Bacias de Pernambuco-Paraíba, também licitadas, estariam relacionadas ao vazamento, o diretor da ANP negou mais uma vez. “Não acredito que tenha tipo qualquer influência. O vazamento foi um evento absolutamente isolado, sem qualquer relação com as atividades de petróleo conduzidas no Brasil na decisão das empresas nesse leilão”, afirmou.



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