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Temporada inédita de leilões começa hoje

 Enquanto finaliza os trâmites para o megaleilão da cessão onerosa, o governo dá largada hoje (10) a uma temporada de grandes leilões de petróleo no país, com três rodadas em menos de um mês, que devem fazer de 2019 o ano com a maior arrecadação já obtida com concessões petrolíferas no país.

Com potencial de arrecadação de até R$ 106 bilhões, o leilão da cessão onerosa é o mais aguardado. Mas a expectativa é que as outras duas rodadas garantam R$ 8,3 bilhões já este ano. Em 2018, também com três leilões, o governo arrecadou R$ 18 bilhões.

A concentração de leilões em um curto espaço de tempo mobiliza há meses as petroleiras com interesses no país, com reforço nas equipes de análise das áreas e negociações de parcerias. Para especialistas, porém, é pequeno o risco de que alguma das rodadas seja deixada de lado.

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“Os leilões vão atrair algumas companhias diferentes e seguramente companhias que buscam diversificar o perfil de suas reservas”, afirma o diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), Décio Oddone, que se diz otimista.

“Cada rodada dessas tem um público-alvo diferente e uma oferta de áreas com características diferentes”, concorda o geólogo Pedro Zalán, da consultoria Zag.

A primeira delas, hoje, oferecerá 36 blocos exploratórios fora do chamado polígono do pré-sal, área de 149 mil km² entre os litorais de Santa Catarina e Espírito Santo, onde a Petrobras tem preferência nos leilões e o governo participação obrigatória nos consórcios.

São áreas consideradas de alto risco. Dezessete empresas se habilitaram para participar. Somados, o bônus mínimo de todas as áreas chega a R$ 3,2 bilhões. O governo faz estimativa conservadora de arrecadação de R$ 2,3 bilhões.

Nos dias 6 e 7 de novembro, estão previstos os dois leilões do pré-sal. O primeiro oferecerá os chamados excedentes da cessão onerosa, reservas já descobertas em quatro blocos cedidos pelo governo em 2010, durante o processo de capitalização da estatal.

Neste caso, como são descobertas já comprovadas, quase não há risco —os vencedores comprarão a fatia de produção adicional aos 5 bilhões de barris que a Petrobras tem direito a extrair. O pagamento pode ser parcelado, caso as ofertas tenham ágio no volume de óleo concedido ao governo.

Ao todo, 14 empresas se habilitaram para concorrer. Além do elevado bônus de assinatura, terão que ressarcir a Petrobras por investimentos já feitos e pela perda na curva de produção, já que, com novos sócios, a estatal levará mais tempo para extrair os seus 5 bilhões de barris.

O IBP estima que os valores do ressarcimento cheguem a R$ 120 bilhões ou R$ 130 bilhões, diz o secretário-executivo, Antonio Guimarães. “O número de empresas que têm essa capacidade financeira é reduzido. Esse leilão deve ser em consórcios, dificilmente empresas terão capacidade para entra sozinhas.”

Já o segundo leilão do pré-sal vai oferecer cinco áreas dentro do polígono nas bacias de Santos e Campos. Treze empresas foram habilitadas para a disputa. Se todas as áreas forem vendidas, a arrecadação será de R$ 7,85 bilhões. Mais uma vez, o governo trabalha com estimativa conservadora, de R$ 6 bilhões.

As rodadas contam com o interesse de petroleiras internacionais já com forte presença no Brasil, como as americanas Exxon e Chevron, a anglo-holandesa Shell, a britânica BP, a francesa Total e a norueguesa Equinor, além da Petrobras e estatais chinesas.

O leilão desta quinta tem um público mais diversificado, incluindo empresas de médio porte como a brasileira Enauta, a americana Murphy Oil e a australiana Karoon.

Fonte: Folha SP



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