30 mil toneladas chegarão em navios, diz SDA

: Portos e logística; 04/04/2013 - 08:40

Das 49 mil e 100 toneladas de milho que o Governo Federal fará chegar ao Ceará até o fim de maio, 30 mil virão em navios até o Porto do Pecém. As outras 19 mil e 100 toneladas serão transportadas por caminhões da Companha Nacional de Abastecimento (Conab). As informações são do secretário estadual de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins (PT).

A opção pelo transporte em navios, explicou Nelson, se deve a dois fatos: a maior capacidade de carga e a falta de caminhões disponíveis. “Eles estão ocupados carregando a safra de exportação para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Se houvesse caminhão em número suficiente, faríamos todo o transporte por caminhão”

Além disso, argumenta o secretário, o frete dos navios é mais rápido e existe a garantia de retorno. “E já que pode carregar uma quantidade maior de milho, ficou decidido pelos navios. É um compromisso da presidente da República entregar esse milho até o final de maio”.

A partir do Porto de Pecém, o milho será vendido pelo Estado. Os agricultores familiares comprarão a saca de 60 quilos por R$ 18,00. Para os demais a saca custará R$ 21. “Com o dinheiro das vendas, o Estado pode pagar as despesas da distribuição e implantar a produção de forragem nos perímetros do Apodi”, diz Nelson.

O secretário participou ontem de reunião na Casa Civil, em Brasília, com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Do Ceará, também esteve presente ao encontro o presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faec), Flávio Saboya, e o superintendente da Conab, Francisco Agenor Pereira.

Outra reunião dessas deverá ser realizada, em Brasília, no fim de abril. “O Governo quer discutir não só a questão emergencial, mas também a estruturante”, diz Nelson.

Quando esteve em Fortaleza, na última terça-feira, Dilma Rousseff prometeu, além do milho, máquinas de escavação e caminhões para os municípios que sofrem a seca. Sobre isso, Nelson afirma que os primeiros equipamentos devem chegar ao Ceará apenas em junho, e o restante “até o fim do ano”.

(Fonte: O Povo (CE)/Bruno Pontes)