A Capitania do Porto de Angra do Heroísmo vai efectuar amanhã uma cerimónia de recepção e bênção da nova embarcação salva vidas recebida em Agosto.
A cerimónia, que será realizada no Porto de São Mateus, pelas 10.30, será presidida pelo Chefe do Departamento Marítimo dos Açores, Contra-almirante António Mendes Calado.
A nova embarcação será baptizada de “Mestre Griguilha”, mantendo o nome do anterior salva vidas da Capitania. Este nome, que foi escolhido em 2007 pela comunidade piscatória local, homenageia Francisco Pereira Ficher, um dos últimos baleeiros da ilha.
Com este meio naval o sistema de busca e salvamento passa a dispor de uma embarcação com maior capacidade para estados de mar adversos, que permite maior
tempo de permanência no mar e operação a distâncias maiores de costa.
Tendo 8,7 metros de comprimento, 3,2 metros de boca e estando equipada com dois motores de 200 cavalos, a embarcação permite atingir uma velocidade máxima de 42 nós.
Para além disso, tendo uma instrumentação composta por modernos equipamentos de comunicação, carta electrónica, radar, sonda, AIS e rádiogonomiometro, a capacidade de busca de embarcações desaparecidas é substancialmente melhorada.
Uma embarcação que tem como finalidade aumentar a capacidade do Estado em salvaguardar a vida humana no mar
Recorde-se, a propósito, que Portugal tem a responsabilidade internacional de assegurar a busca e o salvamento marítimo numa área de responsabilidade que totaliza cerca de 63 vezes a superfície do território nacional. Para esse efeito, a Marinha garante, em permanência, um serviço público de Busca e Salvamento Marítimo.
A nível nacional, em média, são realizadas cerca de 1.000 acções por ano, que levam ao salvamento de cerca de 1.000 vidas, traduzindo-se numa taxa de sucesso que tem estado sempre acima dos 95%.
Para manter este sistema de busca e salvamento marítimo, com os actuais elevados padrões de eficácia e operacionalidade, torna-se necessário dota-lo de meios marítimos modernos e adequados.
Assim, a embarcação que a Capitania recebe enquadra-se nesse esforço que o Estado e a Marinha fazem de manter elevados padrões de operacionalidade na salvaguarda da vida no mar.
Fonte:A União
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