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Acesso ao porto de Santos é reaberto após incêndio de nove dias

SANTOS (SP) E SÃO PAULO - A principal via de acesso ao porto de Santos, pela margem direita, foi liberada no início da tarde desse último sábado. A avenida Augusto Barata estava bloqueada em razão do incêndio em um galpão de combustíveis, iniciado na semana passada. “À medida que o Corpo de Bombeiros desobstruir a pista, as faixas serão liberadas”, disse, ontem, o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Angelino Caputo.

“Mais tardar no domingo podemos liberar duas das três faixas [do viaduto]. Enquanto isso podemos usar um pequeno trecho da cidade [para o acesso de caminhões ao porto]. Em três ou quatro dias o fluxo do porto deve voltar ao normal”, afirmou Caputo. Dos 65 berços de atracação do porto, cinco ficaram inoperantes durante o incêndio – os quatro que compõem o píer da Alemoa (onde desembocam os dutos dos terminais do distrito industrial, entre eles os da Ultracargo), e um do terminal de contêineres da BTP, onde estavam os rebocadores que bombeavam água do mar.

O presidente não soube estimar as perdas do porto devido ao incêndio. No transporte rodoviário de grãos, estima-se que, até quinta-feira, o prejuízo tenha sido de R$ 20 milhões. O valor não inclui custos adicionais decorrentes do problema, como o pagamento de demurrage (sobretaxa pelo aluguel de navios), quebra de contratos de exportação, custos extras com omissão de navios, e prejuízos para cargas industriais. As perdas com atraso ou cancelamento de embarcações chegaram a US$ 6 milhões nos sete primeiros dias, estima o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar). Até ontem, 11 navios ainda esperavam para atracar no píer da Alemoa, outros tiveram de desviar a rota. Só um terminal de contêineres perdeu dez escalas.

Mesmo com o anúncio de que o fogo foi controlado, nesta manhã ainda havia bombeiros trabalhando no local para monitorar a temperatura dos tanques e procurar possíveis pontos de vazamento de combustível. O Ibama e a Cetesb já iniciaram um levantamento para apurar a dimensão das consequências ambientais provocadas pelo incêndio.

A Prefeitura de Santos também informou que as policlínicas da Alemoa e do São Manoel permanecerão abertas neste sábado até 17h para atender possíveis casos de problemas respiratórios de moradores próximo ao local do acidente. Até o início da manhã, o movimento era tranquilo nas unidades. Os dois postos permanecem abertos neste domingo, das 8h às 17h.

A partir da tarde deste sábado, na Avenida Martins Fontes, apenas caminhões com credenciamento poderão seguir. A saída do porto ocorrerá pela Rua Cristiano Ottoni até a próxima segunda-feira, às 5h, sendo retomada a partir das 8h (das 5h às 8h os caminhões devem aguardar — horário de pico). Também das 17h às 20h as operações ficarão suspensas. Uma nova reunião será feita na segunda feira, para avaliação das operações executadas no final de semana.

"A CET-Santos realizou operações especiais de comboio enquanto o acesso ao porto estava bloqueado, possibilitando a passagem de cerca de 2.500 caminhões por dia na área urbana do município. O transito foi devidamente organizado pela Companhia, durante as 24 horas do dia, e não houve ocorrência de acidente, nem problemas na entrada e saída do município", informou, em nota, o presidente da CET, Antonio Carlos Silva Gonçalves.

Fonte: Valor Econômico/Fernanda Pires | Valor, com Folhapress






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