A operadora ADM do Brasil investirá R$ 69 milhões em seu terminal no Porto de Santos. Os aportes devem ser feitos a partir deste mês e a previsão de conclusão de obras e compra de equipamentos é maio do próximo ano. Os investimentos têm o objetivo de garantir a maior sustentabilidade das operações. Por conta deles, a empresa contratou 150 funcionários.
“É um complemento do pensamento da ADM em relação ao terminal, o comprometimento da companhia em relação à cidade. A gente está tentando cumprir nosso papel dentro do melhor modelo possível e contribuindo para que outras empresas em Santos e até outros estados do Brasil tentem seguir o nosso exemplo”, afirmou o gerente de relações portuárias da ADM, João Almeida.
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Uma portaria publicada pelo Ministério da Infraestrutura, através da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, autorizou o aporte da empresa. Não há garantia de direito a reequilíbrio econômico-financeiro em favor da arrendatária.
“A gente pretende melhorar ainda mais o sistema de despoeiramento de uma nova moega (estrutura que recebe mercadorias de vagões ou caminhões e as direciona a um sistema de esteiras) para descarga ferroviária que estamos construindo. Junto, vem uma nova tecnologia que nunca foi aplicada no Brasil. Estamos adquirindo robôs alemães totalmente automatizados para o tracionamento de vagões”, disse o executivo.
Segundo Almeida, dois desses robôs são totalmente elétricos e dois são diesel-elétricos. Os primeiros são menores, destinados a remover vagões vazios, enquanto os outros são capazes de movimentar vagões carregados.
“Toda a movimentação que ocorre em todos os terminais portuários é através de uma locomotiva que consome grande quantidade de litros de óleo diesel. Nós não queremos mais que a movimentação dentro do terminal da ADM ocorra com locomotivas. Por isso, estamos comprando esse robô, com o objetivo de sustentabilidade”, explicou Almeida.
Além desse investimento, a empresa também pretende substituir correias de embarque. Trata-se de um complemento, já que há estruturas enclausuradas em seu novo armazém.
Ainda na linha de reduzir a emissão de partículas durante as operações, a ADM prevê a instalação de uma nova moega supressora de pó, a exemplo do que já tem em seu Armazém 39.
Segundo Almeida, a operadora portuária também pretende realizar a troca do sistema de combate a incêndio. “Iremos fazer dentro da mesma metodologia do sistema que já existe no Armazém 39. A ideia é a gente trazer a continuidade dos trabalhos para diminuir os particulados em suspensão e trazer maior segurança para dentro das instalações”.
Sistema viário
A ADM do Brasil também pretende ampliar a segurança com mudanças nos gates (portões) de acesso ao terminal, que fica na Ponta da Praia.“A ideia é diminuir impactos quando os nossos caminhões têm que cruzar a (Avenida) Mário Covas para entrar no terminal. Vamos colocar o gate um pouquinho mais para dentro do terminal e o caminhão não vai ficar com a carroceria voltada para a avenida”, explicou João Almeida.
Em agosto do ano passado, com a assinatura do oitavo aditivo contratual da ADM, a empresa agregou mais 3 mil metros quadrados a sua área. Tratam-se de vias que cortam terminal e não são áreas operacionais.
“Aquilo estava abandonado e Autoridade Portuária, por mais boa vontade que tinha, não conseguia recursos para pavimentação e drenagem. A gente assumiu essas áreas e, nesse investimento adicional, vamos pavimentar essas ruas com concreto e a instalação de novo sistema de drenagem”.
Fonte: A Tribuna