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Alfândega impede avanço maior do comércio do país

Apesar de deficiências, Brasil ganha 20 posições em ranking de logística do Bird
Alemanha sobe 2 postos e passa para o primeiro lugar; estudo leva em conta capacidade dos países de transportar produtos
O Brasil foi um dos países que mais avançaram no ranking de logística elaborado pelo Banco Mundial (Bird), que mede a capacidade dos países de transportar bens e conectar indústria e consumidores aos mercados internacionais.
O país ficou na 41ª posição, ganhando 20 postos em relação à pesquisa anterior, de 2007, mas permaneceu atrás de vários países emergentes, como China, África do Sul, Malásia e Turquia. Na América Latina, o país assumiu a liderança, passando México, Peru e Argentina, que estavam a frente no levantamento feito há três anos.
Para o Banco Mundial, o Brasil, a exemplo da Colômbia, está aprovando reformas importantes para reduzir o custo-país.
A questão alfandegária (que envolve a eficiência e a eficácia da Alfândega e de outras agências de controle na fronteira) foi o principal fator que travou um avanço maior do Brasil no ranking. O país ficou no 82º lugar, piorando a nota e perdendo oito posições na comparação com a lista de 2007.
Segundo o Banco Mundial, são necessários cinco dias e meio para que seja liberada uma carga que precisa de inspeção física no país. No Chile, o prazo é de 1,3 dia, e há países, como Hong Kong e Finlândia, em que em menos de 24 horas a carga é liberada.
Por outro lado, o melhor quesito em que o Brasil aparece é na pontualidade para a carga chegar ao seu destino. O país ficou em 20º lugar entre 155 países e com uma nota próxima à dos líderes nesse item, como Alemanha e Canadá. Na pesquisa de 2007, o Brasil estava na 71ª posição e atrás de países como Sudão, Guatemala e Papua-Nova Guiné.
Para chegar ao resultado de cada país, o Banco Mundial leva em conta sete itens: eficiência alfandegária, qualidade da infraestrutura de transporte, facilidade de embarques, competência da indústria logística local, capacidade de rastrear carregamentos, custos locais e pontualidade.
Segundo o levantamento, a capacidade logística tem melhorado em todo o mundo, mas é preciso avançar mais para acelerar o crescimento econômico e permitir que as empresas se beneficiem da retomada do comércio global.
Para o brasileiro Otaviano Canuto, vice-presidente do Banco Mundial, na comparação com 2007, vários países em desenvolvimento aumentaram a capacidade de se relacionar com os mercados internacionais, mas, "se eles quiserem sair da crise em uma posição mais forte e mais competitiva, eles precisam investir melhor na logística comercial".
"Países com desempenho melhor em logística podem crescer mais rápido, se tornar mais competitivos e aumentar seu nível de investimento", disse Bernard Hoekman, diretor do Departamento de Comércio do organismo multilateral.
Na parte de cima do ranking do Banco Mundial, a Alemanha passou Cingapura e a Holanda e ficou em primeiro lugar, mas a principal surpresa foi o salto de Luxemburgo: da 23ª para a quinta posição.



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