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ALL negocia perdão por alavancagem

Os resultados de 2014 da empresa de logística ALL trouxeram estouro nos limites de endividamento, mas a companhia já conseguiu o perdão de seus credores pela piora na saúde financeira e estabeleceu novo teto para sua alavancagem. De acordo com José Cezário Sobrinho, diretor financeiro, a companhia pode registrar até 5,5 vezes no índice que relaciona dívida bancária e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) daqui para frente.

O executivo conversou sobre o assunto com analistas e investidores que acompanharam teleconferência na sexta-feira para discutir o balanço do ano passado. Mas se os detentores de obrigações da empresa aceitaram essa mudança, um credor importante ainda não deu sua anuência ao grupo: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mesmo assim, Cezário acredita que a negociação será bem-sucedida.


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O banco de fomento, somando empréstimos e repasses - estes nem sempre cobrados de volta pela própria instituição - possuía 72% do endividamento consolidado da ALL em dezembro. Para o próximo plano de negócios, cujas diretrizes serão divulgadas ao mercado no dia 23, o diretor financeiro disse que prevê mais participação do BNDES. Questionado, Cezário garantiu que as conversas não devem resultar em conversão de dívida em capital, o que aumentaria participação do banco na companhia.

Na opinião da concessionária, o limite de 5,5 vezes é suficiente para que não seja necessário pedir o perdão dos credores novamente durante a implantação do plano de negócios. Com o planejamento sendo desenvolvido para permitir a recuperação da rentabilidade dos negócios, o início do processo de desalavancagem está previsto para 2017.

Durante a teleconferência, a ALL ainda revelou que aguarda fluxo de caixa livre de R$ 800 milhões neste ano. O valor, que significa a geração de caixa da companhia menos seus investimentos e aumentos da dívida, se compara com R$ 850 milhões no negativo em 2014. Os investimentos previstos, apesar de implicarem queima de caixa, não vão demandar um aumento de capital, afirmou Cezário.

"Não consideramos nenhum aumento de capital e, como é normal nesse tipo de negócio, parte do financiamento virá do BNDES", disse, reforçando que o banco de fomento deve garantir parte dos recursos.

Para o diretor financeiro da empresa, 2015 será um ano melhor do que o 2014, por conta de iniciativas de eficiência que já foram colocadas em curso. Durante as duas teleconferências das quais participou na sexta - em inglês e português -, Cezário afirmou muitas vezes que "2014 foi um ano muito ruim".

Nas respostas a analistas, Marcos Lutz, presidente da Cosan, revelou que o grupo pretende tirar sua controlada de logística da BM&FBovespa, depois da fusão entre Rumo e ALL. Ainda não há nenhuma estrutura proposta para a operação. "A Cosan Logística não vai comprar mais nenhum ativo, mas temos a intenção em algum momento de deslistar a empresa. Faria pouco sentido mantê-la na bolsa assim", disse o executivo-chefe da companhia.

Também na sexta, o conselho de administração da ALL aprovou a saída de Alexandre Santoro da presidência executiva para a entrada de Julio Fontana Neto. O colegiado da Cosan Logística também aprovou a troca de Marcos Lutz por Fontana no comando. (Colaborou Thais Carrança)

Fonte: Valor Econômico/Renato Rostás | De São Paulo






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