A ALL - América Latina Logística (Bovespa: ALLL11) cresceu no primeiro trimestre 6,3% em volume no Brasil, um aumento para 8,3 bilhões de TKUs.
No Consolidado, a companhia registrou crescimento de 19% na geração de caixa, chegando a R$ 296,5 milhões. Em comparação ao três primeiros meses de 2009, o resultado líquido passou de um prejuízo de R$ 22,6 milhões para um lucro de R$ 17,5 milhões. “O resultado reflete nosso bom desempenho operacional no Brasil e também a redução de despesas financeiras durante o trimestre”, afirma Paulo Basilio, diretor-superintendente da ALL.
No Brasil, o crescimento foi impulsionado pela alta safra no país nos meses de fevereiro e março e a maior capacidade adicionada em 2010, com 30 locomotivas e 1,2 mil vagões. O volume de commodities agrícolas cresceu 4,2%, influenciando recorde de carregamento no terminal da ALL em Alto Araguaia (MT), e aumento de "market share" da companhia nos portos de 59% para 69%. Já os volumes industriais tiveram alta de 11,1%, devido principalmente a um aumento de 22,9% nos fluxos intermodais.
O período também foi marcado por recuperação de preço, com aumento de 8,8% no Brasil depois de um ano com tarifas muito pressionadas, refletindo ganhos nos contratos de transporte, bem como no mercado "spot", e maior volume nos serviços de ponta rodoviária. “Embora os preços spot devam voltar ao normal ao longo do ano, o frete de nossos contratos já assinados devem dar uma estabilidade positiva nas tarifas”, completa Basílio.
A ALL investiu R$ 220 milhões no primeiro trimestre de um total previsto para o ano de R$ 1 bilhão, incluindo a construção do trecho ferroviário entre Alto Araguaia e Rondonópolis.
Em dezembro, a ALL efetivou o contrato com a Rumo para transporte de açúcar, com a obtenção, pelo cliente, do total de R$ 1,2 bilhão de investimentos previstos para o projeto e direcionados à compra de vagões e locomotivas, investimento em terminais e duplicação do trecho de acesso ao Porto de Santos. No segundo semestre devem chegar os primeiros vagões e locomotivas para a operação, e até 2014 deve ser concluído todo o cronograma de investimentos. Em quatro anos, o projeto permitirá à ALL saltar de um volume de 2 milhões de toneladas de açúcar por ano para 9 milhões de toneladas.
Paralelamente a esses projetos, a ALL desenvolve também projetos infra-estruturais nos segmentos de mineração, terminais e contêineres. “O modelo nacional de movimentação de contêineres depende quase que exclusivamente da rodovia. Já nos EUA, há uma integração efetiva entre ferrovia e rodovia, criando a escala e regularidade que tornam o transporte ferroviário ainda mais vantajoso, e adicionam eficiência à logística dos portos”, conclui Basílio.
Da Redação
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