A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) cobrou o Governo de São Paulo para que as obras de aprofundamento da Hidrovia Tietê-Paraná, no Interior do Estado, sejam executadas. As intervenções são necessárias para ampliar a capacidade de transporte da via, cuja navegação foi interrompida no primeiro semestre do ano passado devido à estiagem.
A hidrovia é estratégica para o Porto de Santos, sendo utilizada principalmente por produtores agrícolas para o escoamento de suas cargas até as proximidades da Capital, de onde seguem por rodovia ou ferrovia para o cais santista.
O diretor-geral da Antaq, Mário Povia, quer principalmente que a retirada de uma rocha submersa, localizada nas proximidades da barragem de Nova Anhagava, na região do município de Buritama (distante cerca de 530 quilômetros da Capital), seja realizada o quanto antes. A obra deve levar 30 meses.
Oficialmente, o Departamento Hidroviário (DH) de São Paulo acredita que os trabalhos comecem ainda neste semestre. As empresas qualificadas no certame público e a licença para a execução das intervenções no rio já foram publicadas. Os trâmites contratais, porém, devem ocorrer nos próximos dois meses.
“Assim que o primeiro trecho estiver concluído, já vai ser possível navegar mais no rio”, afirmou Mário Povia durante evento na última semana, em São Paulo. O encontro reuniu representantes dos governos Federal e Estadual, executivos, produtores agrícolas e diretores da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
A primeira etapa a que Povia se refere deve ser concluída somente daqui um ano, no início de 2016, conforme afirmou o diretor do DH, Casemiro Tércio Carvalho. Oficialmente o departamento não estipula prazos para que a navegabilidade seja retomada de forma plena.
Isso porque será necessária uma trégua da estiagem para que as barcaças voltem a operar. O DH e a Antaq concordam que, se a chuva não elevar o nível do Rio Tietê, não será possível garantir a navegação do trecho mesmo com a obra.
Nesta semana, o reservatório de Três Irmãos, localizado na mesma região, operava com nível de 318,5 metros, enquanto que o nível mínimo para a operação de sua eclusa é de 323 metros. De acordo com a Antaq, o índice limitador já havia sido rebaixado.
A Hidrovia Tietê- Paraná tem 2,4 mil quilômetros de extensão e está paralisada desde maio último.
Fonte:A Tribuna (Santos)
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