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Armazém 10 demolido no porto do Recife

Local onde ficará o Memorial Luiz Gonzaga foi derrubado por falta de condições de recuperação

A proposta do Projeto Porto Novo, do Porto do Recife, tem como pano de fundo as experiências de Puerto Madero, em Buenos Aires e da Estação das Docas, em Belém. E é assim que vai ser. Pelo menos em parte. O projeto previa a recuperação e reforma dos armazéns, mas pelas péssimas condições estruturais um já foi demolido. O armazém 10 onde está prevista a instalação do Memorial Luiz Gonzaga teve que ser derrubado por falta de condições de recuperação. No lugar dele será construído outro que aproveitará parte da estrutura antiga. Outros dois armazéns: 9 e 14 estão sendo avaliados para verificar se haverá necessidade de demolição. Já os armazéns 11, 12 e 13 não oferecem comprometimento nas estruturas.

Empresa Brasil Arquitetura, de São Paulo, responsável pela construção do Memorial, explicou que havia riscos Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
A necessidade de demolição do armazém 10 e a avaliação das unidade 9 e 14, segundo o diretor de operações do Porto do Recife, Hermes Delgado, não altera em nada a proposta do projeto. ´Foram feitos três laudos periciais e a opção foi por remover a estrutura, mas a nova edificação será feita com os mesmos padrões`, explicou. O futuro Memorial Luiz Gonzaga foi projetado pela empresa Brasil Arquitetura, que tem escritório em São Paulo. Segundo o arquiteto responsável, Marcelo Ferraz, a derrubada levou em conta o critério de segurança. ´A gente pensava em aproveitar a estrutura em concreto, mas as paredes estavam condenadas e uma parte já havia desabado`, revelou. Ainda segundo o arquiteto será mantida a mesma volumetria e o telhado será aproveitado. ´O equipamento mais valioso do prédio é na verdade a cobertura metálica e isso nós vamos aproveitar`, afirmou.

O projeto Porto Novo, elaborado pelo Núcleo Técnico de Operações Urbanas (Ntou), da Secretaria de Planejamento e Gestão, prevê a reforma e novo uso de seis armazéns localizados na área não operacional do Porto do Recife. Além da recuperação dos armazéns haverá a urbanização de toda área de acesso. A integração urbana prevê, por exemplo, a remoção da grade que hoje separa a área portuária da Avenida Alfredo Lisboa. No lugar, um calçadão para os pedestres. Para fazer a ligação do bairro com a área do porto vão ser construídas passagens de nível em vários trechos da via, que irão funcionar também como redutores de velocidade da via.

"Será um espaço de travessia pela avenida em direção ao porto. E o carro será obrigado a reduzir a velocidade", explicou o arquiteto Zeca Brandão, coordenador do projeto. Cada armazém disponibilizará 25 vagas de estacionamento e passagem para ciclovia. Entre os equipamentos previstos para o público estão cinema, teatro, boliche, café, central de artesanato e espaço para convenções e feiras. Também vão ser destinados espaços para escritórios e serviços.

A recuperação dos armazéns e urbanização da área do Porto do Recife estão orçadas em R$ 50 milhões. Nesses recursos não estão incluídos, por exemplo, a instalação do Memorial Luís Gonzaga, que tem verba específica do Ministério da Cultura no valor de R$ 16 milhões. Também não está incluído o Terminal Marítimo de Passageiros, que tem recursos do PAC da Copa no valor de R$ 21,8 milhões.

´Nós fizemos a recuperação do armazém 7 para atender a essa temporada de navios. Em abril nós estamos licitando o restante do projeto do terminal e dos armazéns`, afirmou Brandão. Segundo ele, o projeto completo do Porto Novo deverá ser entregue em março de 2013, mas a medida que os equipamentos forem concluídos eles serão entregues.

Fonte: Diário de Pernambuco(PE)/Tânia Passos


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