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Atraso no embarque de minérios não prejudica exportação da Vale

RIO - O impacto da suspensão do embarque de dois milhões de toneladas de minério de ferro pela Vale por causa das chuvas em Minas Gerais não deve ter grande impacto para a mineradora brasileira, informou na tarde desta quinta-feira José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e estratégia da companhia. Ele lembrou que, embora essa quantia represente 20% da produção estimada para o mês, chega a 1% da produção anual.

- Quando a situação se normalizar podemos recuperar parte desta produção - afirmou.

Martins explicou que a Vale recorreu à clausula de "Força Maior", presente em todos os seus contratos, para ter maior liberdade no atendimento a clientes. Esse mecanismo não era utilizado desde 2009. Ele estima que há 10 navios a mais na fila de embarque dos portos de Tubarão (SC) e Itaguaí (RJ) por conta desta suspensão e que os clientes asiáticos tendem a sofrer menos com este problema:

- Os navios demoram 45 dias para chegar a China e a Vale fornece 15% do minério do país. Na Europa, os navios chegam em 15 dias e representamos mais de 50% do minério fornecido. Mas nosso objetivo é não prejudicar nenhum cliente, manter todos os autofornos funcionando - disse.

Ele explicou que as paralisações ocorrem mais por segurança, mas que a Vale tem 15 minas operando na região Sudeste, o que dá flexibilidade e rapidez para a retomada normal das operações. Martins afirmou que a situação está um pouco pior no porto de Tubarão. Ele afirma que, apesar dos problemas climáticos em Minas Gerais -- a atual temporada de chuvas é a mais severa desde 2010 -- ele não espera um impacto forte no preço do minério:

- Dois milhões de toneladas representam 0,2% da produção de minério global anual. E o mercado espera isso, todo começo de ano há chuivas em MInas Gerais e furacões na Austrália. E tivemos um terceiro trimestre muito forte, alguns clientes estão com estoque - disse.

Ele afirmou que a Vale está fornecendo ajuda à população local, atingida pelas chuvas. E ele afirmou que o centro de distribuição que a Vale constroi na Malásia ajudará a regular o mercado em momentos como este, mas ele lembrou que este centro só ficará pornto entre 2013 e 2014.

Fonte:Yahoo Notícias






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