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Atraso no transporte de equipamentos dá prejuízo de R$ 1,5 bi à Petrobras

A falta de planejamento adequado para a construção da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) fará com que a Petrobras tenha um prejuízo de R$ 1,7 bilhão.

É o que aponta relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) que analisou os gastos da Petrobras para a compra e transporte de equipamentos pesados para a refinaria.


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De acordo com o relatório da área técnica realizado ano passado e em poder do Congresso Nacional, a estatal comprou 14 desses grandes equipamentos da refinaria do Rio (alguns com mais de mil toneladas) em países como Coreia do Sul, Itália e Índia ao valor de R$ 317 milhões.

A Petrobras ficou com o encargo de levá-los até a cidade de Itaboraí, onde a unidade está em construção. As empreiteiras contratadas para a obra da refinaria seriam responsáveis pela montagem desses equipamentos.

Os equipamentos começaram a chegar ao porto do Rio de Janeiro em agosto de 2011 e foram todos entregues no prazo de um ano.

Mas a estatal não conseguiu cumprir os prazos para criar um sistema de transporte adequado para levar as máquinas até a refinaria, que fica a cerca de 70 km do porto.

Atrasos na liberação de licenças e desapropriações para o sistema de transporte que a estatal elaborou resultaram em estouro dos prazos.

O resultado é que os equipamentos estão armazenados no porto ou em outros locais da cidade até hoje. Só com esse custo, o prejuízo da estatal era até o ano passado de R$ 20 milhões, segundo o TCU.

PREJUÍZO MAIOR

O prejuízo no entanto será ainda maior porque os custos de implantação do sistema de transporte para levar os equipamentos até a refinaria, que incluem novas estradas e uma hidrovia, será R$ 207 milhões maior que o previsto.

Como o sistema de transporte está atrasado, as empresas responsáveis por montar os equipamentos estão cobrando da Petrobras por isso. O TCU aponta que esses atrasos vão elevar o custo das obras dessas unidades – estimadas inicialmente em R$ 5,5 bilhões– em mais R$ 1,5 bilhão.

Os técnicos do TCU sugeriram ao relator do processo, ministro Raimundo Carreiro, que ouça oito dirigentes da Petrobras para que eles se justifiquem sobre as falhas.

O relatório da área técnica ainda vai ser votado pelo plenário do órgão. A Petrobras recebeu o relatório e informou que não se pronunciaria.

O Comperj foi anunciado em 2006 com previsão de estar operando em 2010. A obra foi estimada então em US$ 8,4 bilhões. A previsão mais recente é que o complexo só comece a operar em 2016 e que seu custo passe dos US$ 15,7 bilhões (R$ 36 bilhões).

Outros processos do TCU apuram outras irregularidades na construção dessa unidade que podem levar a prejuízos estimados até o ano passado em R$ 1 bilhão.

Fonte: Folha de São Paulo/DIMMI AMORA/DE BRASÍLIA






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