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Baixo custo na AL deve manter lucratividade, diz Fitch

De São Paulo - A contínua queda de preço do minério de ferro vai testar a resiliência da estrutura de capital e do perfil de crédito das mineradoras em 2015, segundo a agência de classificação de risco Fitch. Os preços estão atualmente na faixa de US$ 70 a tonelada métrica.

"A Fitch espera que a maioria das mineradoras de minério de ferro na América Latina se mantenham lucrativas em meio à queda de preços, devido a seus baixos custos de produção, resultado de alta média do teor de ferro dos minérios, baixo custo de transporte ao porto, volumes de vendas crescentes e desvalorização das moedas locais", disse o diretor da Fitch, Jay Djemal, em comunicado.

"Rebaixamentos de notas de crédito podem ocorrer se os preços do minério de ferro se mantiverem baixos por longos períodos, sem medidas administrativas para remediar a deterioração de métricas de crédito", alertou o analista.

As notas de crédito da Vale devem permanecer estáveis em meio à depressão de preços, segundo a Fitch, à medida em que a mineradora brasileira amplia a produção de minério de ferro de 330 milhões de toneladas métricas em 2014 para mais de 450 milhões de toneladas métricas em 2018. Em 2014, a Vale tinha um custo total de produção de US$ 43,60 por tonelada, que deve baixar para US$ 39,60 por tonelada em 2018, com a expansão de seus projetos no Sistema Norte, no Estado do Pará.

"A Fitch espera que produtores com maiores custos sejam deslocados, permitindo uma recuperação nos preços", diz a agência em relatório desta segunda-feira.

Em um cenário de preços constantes do minério de ferro a US$ 70 por tonelada métrica pelos próximos três anos, a Fitch projeta para a Vale lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 10 bilhões em 2015, US$ 13,5 bilhões em 2016 e US$ 15,6 bilhões em 2017. O que corresponderia a um pico de dívida líquida ajustada sobre Ebitda de três vezes em 2015, caindo a duas vezes em 2016 e uma vez e meia em 2017, incluindo a dívida com o programa de parcelamento de débitos federais Refis, e 2,3 vezes, 1,5 vez e 1,1 vez, respectivamente, excluído o Refis.

As projeções não incluem o impacto sobre o caixa de possíveis vendas de ativos, conforme anunciado pela Vale como possibilidades para 2015 e anos seguintes. A necessidade de investimentos deve ainda cair materialmente a partir de 2015, aliviando significativamente as pressões de fluxo de caixa, avalia a Fitch.

Também a brasileira Samarco (joint venture entre Vale e BHP Billiton) e a chilena CAP têm estruturas de custo competitivas, devido ao uso de longos minerodutos que transportam seu minério de ferro das minas para plantas localizadas próximas a portos para exportação, ressalta a Fitch.

A agência lembra que as siderúrgicas Gerdau e Usiminas adiaram planos de expansão da produção de minério de ferro, mantendo níveis de produção para garantir autosuficiência.

Já a nota de crédito da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pode ser rebaixada num cenário prolongado do minério a US$ 70 a tonelada, posto que a companhia não seria lucrativa com esse patamar de preço sem reduções de custos adicionais. Os custos de produção da CSN estão elevados devido a investimentos para expandir a mina de Casa de Pedra, maior ativo de minério de ferro da empresa.

(Fonte: Valor Econômico)






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