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Base de dados do PNIH integrará todas informações existentes sobre as hidrovias brasileiras, diz Tokarski

O superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, Adalberto Tokarski, falou sobre o andamento do Plano Nacional de Integração Hidroviária – PNIH e o Plano Geral de Outorgas das Hidrovias, no 2º Fórum sobre Hidrovia, realizado hoje, no auditório da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Tokarski afirmou que o PNIH é um marco no planejamento do setor, ao reunir numa mesma base de dados informações sobre o setor hidroviário interior, que estão dispersas em diversos órgãos públicos, como o Ministério dos Transportes, o DNIT, a Marinha e a própria ANTAQ.

Segundo o superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, o primeiro resultado do Plano, que está sendo desenvolvido em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina, será um banco de dados contendo referências geográficas sobre o transporte fluvial, o que dará maior precisão ao estudo.

De acordo com Tokarski, o Plano permitirá a realização de análises sobre regulação, planejamento em transporte e logística, através de uma ferramenta chamada GIS. “Será possível, por exemplo, simular a melhor rota para escoamento de uma carga a partir de uma determinada região produtora, comparando os modais aquaviário, rodoviário e ferroviário”, salientou.

Segundo o superintendente da ANTAQ, o PNIH contempla ainda um estudo sobre as diferentes hidrovias brasileiras, que redundará no Plano Geral de Outorgas, o PGO do setor hidroviário, contendo a definição de áreas para implantação de novas hidrovias e terminais no interior do país.

Tokarski também destacou o novo anuário estatístico da Agência, que, neste ano, passou a incluir informações sobre a movimentação de cargas das navegações interior e marítima.

Segundo ele, além dos dados da movimentação em toneladas, o anuário elenca as principais cargas movimentadas, seja na navegação interior exclusivamente, seja na navegação de cabotagem e de longo curso em vias interiores. “Essas informações são inéditas e, certamente, contribuirão para a inserção das hidrovias nas políticas públicas de transporte”, rassaltou.

Palestras

Também proferiram palestras, durante o Fórum, o representante do Ministério dos Transportes, Edison Viana (Investimentos nas Hidrovias Brasileiras); o oficial de ligação do Corpo de Engenheiros do Exército Americano – USACE, Marcelo Salles (Experiência Internacional em Transporte Hidroviário); o coordenador-geral de Portos Marítimos do DNIT, alter Casimiro Silveira (O Estado da Arte das Hidrovias); o deputado federal Reinhold Stephanes (O Agronegócio Brasileiro e os Gargalos de Infraestrutura); o diretor da Área de revitalização da CODEVASF, Guilherme Gonçalves de Oliveira (Os Rios Brasileiros como Fator de Integração Nacional); o diretor-executivo da FENAVEGA, Marcos Machado Soares (A Evolução das Hidrovias Brasileiras – Visão da CNT); e o gerente de Tráfego Hidroviário da Vale, Ângelo Maranhos (Navegação do Rio Paraguai).

O representante do Ministério dos Transportes, Edison Viana, disse, durante sua palestra, que espera uma queda nos investimentos do PAC para as hidrovias, em virtude da contenção de gastos pelo governo federal. Contudo, disse que os recursos devem ficar acima de R$ 2 bilhões.

Viana disse que a construção de Tucurui representa um exemplo da parceria com o setor elétrico. “As discusões com o setor elétrico estão evoluindo e a decisão de investimentos em eclusas passará a ser do Ministério dos Transportes”, informou.

Mississippi

Em sua palestra, o oficial de ligação do Corpo de Engenheiros do Exército Americano – USACE, Marcelo Salles, destacou que boa parte do comércio exterior dos EUA vem dos rios do país. Segundo informou, os Estados Unidos dispõe de 40.230km de hidrovias, sendo 19.310km interiores e 20.920km costeiras (próximas dos portos da costa).

Com 3.730km, o Mississippi é o principal rio em termos econômicos norte-americano. Segundo Salles, o setor hidroviário tem hoje 196 eclusas e uma movimentação de mais de 600 milhões de toneladas/ano, especialmente carvão, que detém 29% de participação na matriz hidroviária, petróleo (25%), e grãos, cuja movimentação é de 70 milhões de toneladas/ano.

Vale

Segundo o gerente de Tráfego Hidroviário da Vale, Ângelo Maranhos, recentemente, a empresa iniciou a operação de um comboio com 24 barcaças na Hidrovia Paraguai-Paraná.

A embarcação é quase tão grande quanto o maior navio de cargas do mundo, que também pertence a Vale. O comboio tem 227 metros de comprimento e 64 metros de largura.

Ainda, segundo o gerente da Vale, a mineradora transporte pela hidrovia minério de ferro de alta qualidade a partir de Corumbá, onde ficam as jazidas, até os portos argentinos, passando pelo Paraguai.

Fonte: Antaq


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