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BSM Engenharia vende 40% do capital para Acon

A Acon Investments, gestora de investimentos em private equity baseada em Washington (EUA), anuncia nesta segunda-feira um aporte da ordem de R$ 110 milhões na BSM Engenharia em troca de uma participação minoritária na empresa, de cerca de 40%. O investimento será feito via fundo Acon Latin America Opportunities Fund (Alaof). Os outros 60% da companhia estão nas mãos de um grupo de investidores.

A BSM presta serviços na área de locação de equipamentos pesados para o segmento de infraestrutura, promove a movimentação de cargas e realiza operações portuárias e apoio logístico para setores como o de petróleo e gás offshore. Principal cliente da empresa, a Petrobras responde por nada menos que metade de seu faturamento.

As operações da BSM incluem logística integrada nos portos de Macaé (RJ) e Vitória (ES). Na lista de clientes figuram empresas dos setores de geração de energia eólica, siderurgia, mineração e construção.

"Estamos investindo para ajudar a BSM a crescer, comprando novos equipamentos e com capital para adquirir outras companhias. Já temos cerca de cinco empresas-alvo", afirma o sócio do Alaof, André Bhatia. Segundo ele, os recursos serão usados no período de 12 a 24 meses.

A Acon está atenta a oportunidades para a BSM no setor de óleo e gás, especialmente em empresas que já prestam serviços à Petrobras. As áreas de energia eólica e portos também estão sendo acompanhadas de perto.

Com faturamento aproximado de R$ 200 milhões, a BSM deverá triplicar de tamanho em cinco anos, de acordo com o sócio da Acon para negócios na América Latina, Emiliano Machado.

O presidente da BSM, Giancarlo Rigon, tem grande expectativa com relação à entrada da gestora no capital da empresa.

"Ao longo dos últimos dois anos, conversamos com fundos interessados na empresa e nossa avaliação é de que a Acon teve a maior sinergia. Seu fundo é bastante pró-ativo", ressalta.

Com atuação diversificada na América Latina, em países como México, Colômbia e Panamá, o Alaof considera investimentos nas áreas de consumo, saúde, educação e serviços financeiros, no mercado brasileiro.

Antiga dona da rede sergipana de supermercados GBarbosa, a Acon volta a mostrar interesse pelo setor na cena nacional.

Os investimentos da gestora na América Latina giram entre US$ 25 milhões e US$ 100 milhões. "Temos um capital bastante flexível e podemos ter o controle ou apenas uma participação minoritária nas empresas", assinala Bhatia.

O Brasil representa hoje 25% da carteira do Alaof, participação inferior a do México, de 40%. A carteira total de ativos da Acon chega a US$ 2 bilhões.

Fonte: Valor Econômico/Por Beatriz Cutait | De São Paulo






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