A Brasil Terminal Portuário (BTP) se tornou em julho o primeiro terminal de contêineres no Brasil com o maior número de mulheres operadoras de bordo. Segundo a empresa, seu efetivo conta com, no mínimo, uma colaboradora efetiva na função por turno de trabalho. A contratação de mulheres para a atividade de operador de bordo foi possível após a formação, em junho, de 13 mulheres estivadoras pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo) de Santos. Delas, nove foram contratadas pela companhia em processo seletivo.
O diretor administrativo da BTP, Joel Contente, disse que a abertura de novas vagas e a contratação das estivadoras é consequência do aumento da quantidade de equipamentos de cais do terminal. Segundo ele, a empresa está aumentando suas atividades com a execução de um pacote de investimentos de R$ 2 bilhões compromissado com o governo federal.
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“Com o início da operação de dois novos portêineres, em abril, passamos de oito para dez equipamentos de cais operacionais. A expectativa é que mais dois portêineres sejam recebidos nos próximos anos”, detalhou Contente. O diretor-presidente da BTP, Claudio Oliveira, informou que a companhia tem ampliado a diversidade em seu grupo de colaboradores e tem 56% de mulheres em cargo gerencial. “Nos orgulhamos com mais esse avanço na inclusão de novos talentos também em nossas atividades operacionais”, afirmou Oliveira.
A BTP considera que a função de operador de bordo é essencial para a movimentação de contêineres e entre suas tarefas estão a peação e despeação dos contêineres que estão em navios atracados. O trabalho consiste em travar e destravar os contêineres e garantir que estejam em condições seguras para serem movimentados pelos portêineres do mar para a terra e vice-versa. Com as nove operadoras de bordo, a BTP conta com 238 profissionais na função.
O gerente de recursos humanos do terminal de contêineres, Claudio Scalise, explicou que a contratação de mulheres faz parte do esforço da BTP de aumentar a diversidade em seus quadros. A empresa emprega mais de 200 mulheres como colaboradoras diretas, sendo que cerca de 50% delas em cargos de operação portuária, do gate aos grandes equipamentos de movimentação de contêineres. “Acreditamos que a diversidade fortalece nossa operação e torna nosso ambiente mais inovador e representativo”, destacou Scalise.