A partir desta quinta-feira (15), a Deicmar Armazenagem e Distribuição será controlada pela Bandeirantes Logística. A aquisição da empresa foi concluída nessa quarta-feira (14), com a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A cifra paga não foi revelada pelo presidente da compradora, Washington Flores, que pretende ampliar em 20% seu faturamento ao contar com novas unidades operacionais.
A Bandeirantes atua em operações de importação, exportação, transporte e distribuição de cargas, com um armazém alfandegado na região de Outeirinhos, no Porto de Santos.
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Já a Deicmar conta com um Centro Logístico e Industrial Aduaneiro (Clia) e um Recinto Especial de Desembaraço para a Exportação (Redex) às margens da Rodovia Anchieta. Há também o Terminal Portuário Deicmar, para cargas de projeto (transformadores, pás eólicas, tanques e vagões), e o Terminal Marítimo do Valongo (TMV), destinado à armazenagem e à movimentação de veículos, tanto para a importação quanto para a exportação.
“A Deicmar tem uma operação muito boa de veículos. Nós vamos fortalecer essa operação. Nosso objetivo é que ela se torne ainda mais forte na operação de veículos e cargas de projeto. No Clia, nosso objetivo que é espaço seja muito bem ocupado e muito rápido”, disse Washington Flores.
Segundo o executivo, as quatro unidades da Deicmar serão administradas pela Bandeirantes. Ele explicou que o negócio surgiu diante da necessidade de ampliar a oferta de espaço aos clientes. “Nós vimos na Deicmar o objetivo perfeito. Ela tem 65 mil metros quadrados de área alfandegada, 200 tomadas frigoríficas, todas as licenças necessárias para operar qualquer tipo de carga, pode fazer a operação de entreposto aduaneiro que a Bandeirantes não pode fazer”, destacou.
Com a aquisição, as empresas terão, juntas, uma área alfandegada de quase 100 mil metros quadrados. A compra não inclui a unidade administrativa da Deicmar, no Paquetá, cujo imóvel é alugado.
Sinergia
A partir de agora, os processos das duas empresas serão avaliados pelos executivos. “A sinergia que a gente vai promover é a de processos. Os processos que funcionam bem na Deicmar e são melhores do que na Bandeirantes, a gente implanta na Bandeirantes. Os processos que forem mais adequados na Bandeirantes ao padrão dos clientes que nós temos, vamos implantar na Deicmar. O objetivo é fazer com que as duas empresas se tornem mais fortes”, destacou Flores.
Segundo o executivo, as companhias continuarão a existir com 800 funcionários. “A decisão de não transformar em uma marca só ou em uma terceira é a identificação com a marca. Outra coisa é que nós não somos concorrentes. A gente opera em atividades complementares”.
A negociação entre as duas empresas durou mais de um ano e foi finalizada em 29 de janeiro, quando foi assinado o contrato de compra e venda pelas partes. A partir dessa data, foi realizado o processo de submissão da operação às autoridades regulatórias.
Procurada, a Deicmar não se posicionou sobre a venda até o fechamento da edição.
Fonte: A Tribuna