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Capitania dos Portos procura pescador que desapareceu após colisão com rebocador

Vão ser retomadas na manhã desta segunda-feira (22) as buscas ao pescador José Ribamar de Souza, 46, que está desaparecido desde às 21h do sábado (20), quando aconteceu uma colisão entre o rebocador Locar VII e o barco Pesca Náutica, na altura de Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. O acidente ocorreu a cerca de 20 km da costa. Depois do choque com o rebocador, a embarcação pesqueira, com três tripulantes a bordo, afundou, e apenas dois dos pescadores conseguiram conseguiram escapar no momento.

O barco Pesca Náutica tem 11 metros de comprimento e casco de madeira. Partiu do Pina no sábado e estava ancorado quando foi atingido pelas balsas do rebocador Locar VII, que saiu de Belém do Pará, no Norte do País, com destino ao Rio de Janeiro, na Região Sudeste.

De acordo com Cláudio José da Silva, proprietário do pesqueiro, a embarcação é considerada de médio porte. “Estava com a revisão em dia, toda regulamentada e com a luz acesa no momento da colisão”, informa o empresário. Treze milhas, diz ele, correspondem a 20 quilômetros de distância da costa. A Capitania dos Portos enviou dois navios patrulha para realizar buscas no local, desde ontem.

Cláudio José ficou sabendo do acidente na manhã de domingo, ao ser procurado, por telefone, pelos sobreviventes. “Eles contaram que caíram no mar logo após o barco ser atingido pela primeira balsa. Subiram nessa mesma balsa, gritaram e pediram ajuda ao rebocador, mas ninguém ouvia. Permaneceram nela até as 5h do domingo, quando foram avistados pelo comandante do rebocador, na divisa de Pernambuco com Alagoas”, relata.

Os sobreviventes também revelaram que José Ribamar tentou manobrar o barco e sair da área, mas nesse instante a segunda balsa puxada pelo rebocador bateu em cheio no pesqueiro, que afundou. Os dois náufragos foram transferidos para o rebocador e desembarcariam em Maceió. Até o início da noite de ontem eles esperavam pela embarcação que os traria até o porto. Da capital alagoana, regressariam ao Recife.

Conforme Cláudio José, o comandante do rebocador disse que tinha percebido a colisão, mas como o barco estava flutuando achou que tudo estava sob controle e seguiu a viagem. “Barcos não afundam de uma vez, ele deveria ter parado e oferecido ajuda”, declara Cláudio José. O pescador desaparecido é casado e tem três filhas. “A preocupação agora é encontrar José Ribamar, que trabalha comigo há mais de dez anos.”

Além dos navios Grajaú e Guaíba, da Marinha, três barcos pesqueiros ajudam nas buscas. Por meio de nota, a Capitania dos Portos informa que instaurou inquérito para apurar os responsáveis pelo acidente. O rebocador vai ancorar no Porto da Bahia, onde será submetido a perícia.

Fonte: JC Online


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