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Navalshore

Capitão-dos-portos aponta medidas a serem tomadas para garantir a segurança dos usuários

Na audiência pública realizada na tarde de ontem, 10, na Câmara Municipal, a respeito da travessia entre Rio Grande e São José do Norte, autoridades discutiram a situação enfrentada diariamente pelos usuários da balsa. A dragagem do canal e a necessidade da liberação da construção de um atracadouro na Barra também estiveram entre as principais resoluções.

O relator do processo, Thiago Gonçalves, o Thiaguinho (PMDB), iniciou a audiência esclarecendo os principais objetivos da audiência e defendeu a ligação a seco entre Rio Grande e São José do Norte como sendo o ideal.

Durante o debate, que se estendeu por cerca de três horas e, em muitos momentos, foi marcado pela delegação de competências, foi anunciada a priorização do processo de licenciamento ambiental e do edital de licitação para a dragagem do canal Miguel da Cunha, onde é feita a travessia entre os dois municípios. O compromisso foi anunciado pelo superintendente do Porto do Rio Grande, Dirceu Lopes.

Durante a ocasião, também foi proposta uma reunião entre órgãos competentes, na próxima semana, entre a Capitania dos Portos, Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e Metroplan, para que sejam encaminhadas resoluções pertinentes a cada órgão.

Apesar das constatações a cerca do deficiente serviço, a figura responsável por apontar as principais medidas necessárias a serem tomadas imediatamente foi do capitão-dos-portos Sergio Luiz Correia. O comandante apontou uma série de inadequações que tem comprometido a segurança dos passageiros que utilizam a embarcação Deusa do Mar e afirmou que, da maneira como é realizado o serviço, a população está exposta a riscos.

O assoreamento do canal, em virtude da falta de dragagem há mais de 10 anos, e a permanência dos motoristas dentro dos automóveis foram discutidos. De acordo com Sergio Correa, esta semana foi deliberada uma portaria (nº13) para que a empresa faça adequações no prazo de 90 dias para atender as exigências. Falta de abrigos com proteção e sinalização, distância irregular entre veículos e piso que não é antiderrapante são algumas das inadequações.

O deputado estadual Alexandre Lindenmeyer (PT) também compareceu à reunião e disse ser um debate oportuno. “Temos conversado, na Assembleia Legislativa, que este problema vem sendo um verdadeiro gargalo que impede o desenvolvimento econômico pleno na Região Sul do Estado”.
Carmenlis Andreis Bizzi, sócia administradora da F. Andreis, afirmou ser a questão um problema para a empresa também. “Se o usuário está sendo prejudicado, a empresa também está. Estamos sendo responsabilizados pela inoperância do poder público, ação zero”, rebateu Carmenlis.

Protesto

Durante a manhã de ontem, 10, motoristas de caminhões que aguardavam a embarcação Deusa do Mar na rua Riachuelo organizaram um protesto e bloquearam a passagem que dá acesso à balsa.

A Brigada Militar teve de comparecer ao local para que a situação fosse normalizada. As informações são de que alguns caminhoneiros aguardavam há cerca de 24 horas para realizar a travessia. O impasse foi resolvido com um acordo feito com a empresa F. Andreis, pelo tenente Mendes, para que oito caminhões passassem a cada viagem.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Thaise Saeter


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