O ministro da Secretaria Especial dos Portos, o cearense Leônidas Cristino deixou ontem o cargo, após conversar pela primeira vez pessoalmente com a presidente Dilma Rousseff desde a decisão do PSB sair do governo, no último dia 19, seguindo orientação do presidente do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Em reunião de aproximadamente uma hora, ele entregou seu cargo, que será ocupado interinamente pelo economista Antonio Henrique Pinheiro Silveira, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda e atualmente uma estrela em ascensão no governo.
Cristino era da cota do governador do Ceará, Cid Gomes, que deixou o PSB na semana passada. Ele, junto com o irmão, o ex-ministro Ciro Gomes e mais um grupo de deputados e prefeios irão se filiar ao recém-criado Pros.
À presidente Cristino relatou ter saído do PSB seguindo orientação de seu principal fiador, no caso Cid Gomes. Leônidas explicou à Dilma, que era preciso deixar o cargo para preservar a imagem de seu grupo político.
Desde que foi anunciada a saída do PSB do Governo, os irmãos Gomes vinham sendo acusados, nos bastidores, de defender o apoio ao Planalto somente por interesse na manutenção de seu espaço na Esplanada.
Dilma insistiu para que Leônidas permanecesse na pasta e lamentou a saída ontem, em nota oficial divulgada pela Presidência.
“Leônidas Cristino foi fundamental na elaboração e aprovação do histórico marco regulatório dos Portos, a mais importante reforma logística do país nos últimos tempos”, disse a presidente na nota.
Carta
Na carta-renúncia em que apresentou o pedido de demissão, Leonidas disse que cumpriu o dever. “Hoje, graças à sua liderança e aos esforços do governo, o setor portuário brasileiro vive uma nova e promissora fase, capaz de atender as necessidades de desenvolvimento efetivo do nosso País” afirma.
Leônidas agradece a Cid e Ciro Gomes pela indicação ao cargo, onde ficou por 33 meses, e anuncia que irá “continuarei a servir ao País de outras formas”.
Fonte: O Povo (CE)
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