O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil informou, nesta quarta-feira (12), que as exportações de café brasileiro registraram queda de 20,3% nos 10 primeiros meses de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado, com 33,279 milhões de sacas de 60 quilos, contra 41,769 milhões em 2024. Segundo a entidade, em outubro, foram exportadas 4,141 milhões de sacas, menos 20% do que as 5,176 milhões de sacas no mesmo mês do ano anterior. Apesar da queda nos volumes exportados, o relatório estatístico do Cecafé mostrou aumento de 27,6% no acumulado do ano, passando dos 9,968 bilhões de dólares de 2024 para os 12,715 bilhões de janeiro a outubro deste ano.
O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, disse que a queda nas vendas externas é consequência da taxação de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e por problemas internos de logística e infraestrutura portuária. Ele disse que o recuo já era esperado porque no ano passado foram registradas exportações recordes, mas que o cenário foi agravado pela infraestrutura defasada nos portos brasileiro e pelo tarifaço americano.
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O relatório do Cecafé revela que, apesar da taxação de 50%, os Estados Unidos continuam sendo o principal importador dos cafés do Brasil. No acumulado dos 10 primeiros meses de 2025, o mercado americano foi destino de 4,711 milhões de sacas, com queda de 28,1% na comparação com o mesmo período de 2024.
De acordo com o levantamento, os outros quatro principais destinos dos cafés do Brasil nesse intervalo de 10 meses foram a Alemanha, com 4,339 milhões de sacas e queda de 35,4% em relação ao mesmo período de 2024, a Itália, com 2,684 milhões de sacas , que representaram menos 19,7%, o Japão, com 2,182 milhões de sacas e recuo de 18,5%, e a Bélgica, para onde as vendas foram 47,5% menos e ficaram em 1,912 milhão de sacas.
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