SÃO PAULO - A empresa global Ceva Logistics, com forte atuação no setor automobilístico, e que faturou no ano passado 5,5 bilhões de euros, prevê alcançar faturamento de R$ 1 bilhão este ano no Brasil e consolidar-se entre as maiores empresas de logística do País. Para isso a empresa aposta no crescimento das cinco áreas em que atua -- industrial, de energia, automotiva, tecnológica e de bens de consumo - com expectativa de fechar dois grandes contratos com empresas da área de cosméticos do Brasil.
Projetando crescer até 15% este ano, a Ceva, que faturou R$ 868 milhões, o que representa um crescimento de 17% no ano passado, superando todas as expectativas para o ano, dada a crise econômica global que teve forte influência no setor automobilístico, começa o ano com muito otimismo, mas não esconde que para atingir este crescimento irá focar exclusivamente nas áreas em que já atua. "A Ceva tem atuação muito forte no mercado automotivo no mundo, e a crise afetou o nosso potencial de crescimento para o ano. Mas no Brasil, com todos os incentivos que o governo liberou, superamos a expectativa e crescemos 17%", comentou o vice-presidente de Desenvolvimento de Novos Negócios, Wagner Covos.
Covos, no entanto, ressaltou que o plano este ano é potencializar os investimentos realizados ao longo dos últimos dois anos, principalmente com o novo centro de distribuição em Louveira (SP), que foi um dos maiores investimentos realizados pela empresa, e enfocar as áreas em que a empresa atuava com discrição, como a de bens de consumo, em que a Ceva está mirando duas grandes indústrias de cosméticos do Brasil. "Nesse mercado o nosso foco é atacar empresas de cosméticos e de higiene pessoal. No Chile, já fechamos um grande contrato com uma empresa brasileira; agora queremos atuar aqui também", frisou ele.
Além de destacar esta área, Covos não esconde que pretende ampliar mais a ação da empresa em relação ao transporte internacional e ao desembaraço aduaneiro para o setor automotivo, que representa atualmente 60% do seu faturamento. "No automotivo o nosso plano é dar continuidade à fortaleza que temos no setor há alguns anos, dando mais força ao que a empresa TNT Logistics construiu", disse ele, referindo-se a uma das empresas que deram origem à Ceva.
A empresa, que já conta no Brasil com clientes como a General Motors (GM), Ford, Renault e Fiat, entre outras, prevê também desenvolver novos projetos logísticos para estas indústrias. Segundo ele, a Ceva já atua nas fábricas destas empresas no País, mas ainda não desenvolve negócios de transporte internacional para elas. "Ao contrário do mercado de tecnologia, em que temos forte atuação em empresas como Dell, HP, IBM e Philips, entre outras, no transporte internacional, mas não atuamos com força na logística de armazenagem e distribuição, então queremos fazer este mix", ressaltou Covos.
No setor industrial, que também detém uma grande parcela do faturamento da empresa, e conta com clientes como a Caterpillar, além de um cliente ligado ao setor aeroespacial, a ideia é dar prioridade aos produtos manufaturados. "Os clientes do setor industrial normalmente possuem um conjunto complexo de problemas logísticos por envolverem cargas enormes ou insalubres, de difícil manuseio e transporte, tais como celulose, aço, torres de transmissão, equipamentos de engenharia aeronáutica, e queremos desenvolver projetos para cada empresa", contou o vice-presidente.
Contudo, Covos não esconde o otimismo com o rápido desenvolvimento da área de energia no Brasil. A empresa, que já conta com a Petrobras, mira nos prestadores de serviços da gigante do setor. "O mercado de energia no Brasil tem crescido bastante, principalmente o óleo e o gás. Hoje temos uma atuação muito forte nesse mercado, tanto na exploração como na produção, 90% do que você tem em uma plataforma é importado e precisa de manutenção. Logo focaremos esse setor também", disse.
Atualmente a empresa conta com cinco centros de distribuição no Brasil - Louveira, Diadema e Jundiaí, em São Paulo, Cachoeirinha, em Porto Alegre, e São José dos Pinhais, no Paraná - e tem mais de 1.100 empresas homologadas para efetuar o transporte de diferentes mercadorias. Covos conta que o foco da Ceva é gerenciar o frete, não transportar, embora a empresa possua aproximadamente 80 caminhões. "A nossa função como gerenciador de frete é conseguir fazer uma malha pulverizada e criar um pool de transportadoras que consigam atuar dentro do nosso território com eficiência para cada linha de produto. E para isso fizemos um mapa de qual empresa é mais adequada para determinado produto e determinada região."
Segundo o empresário, o Brasil representa 4% do faturamento total da empresa, que tem como maior mercado os Estados Unidos, com 32%, e um faturamento médio de 1,5 bilhão de euros. Entretanto Covos lembrou que a América Latina é um dos principais focos da empresa no mundo. "Depois do Brasil, destacamos Argentina e Chile, que são bons mercados, e pretendemos ampliar os negócios com o Peru", finalizou ele.
Com a expectativa de fechar dois contratos com grandes empresas do setor de cosméticos, a empresa Ceva Logistics amplia presença na área de bens de consumo e espera crescer até 15% este ano, ao faturar R$ 1 bilhão. Além disso, a empresa - com forte atuação no setor automotivo - quer consumar novos negócios nas áreas de energia, tecnologia e indústria.
Depois de fechar um contrato recente com uma grande indústria de cosméticos nacional para transporte logístico de seus produtos no Chile, a empresa agora negocia a prestação de serviços também no Brasil. "Nesse mercado, o nosso foco é atacar empresas de cosméticos e de artigos de higiene pessoal. No Chile, já fechamos um grande contrato com uma empresa brasileira. Agora queremos atuar aqui também", disse o vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da Ceva, Wagner Covos.
Outra meta da empresa está na área de energia, principalmente óleo e gás, que, segundo Covos, irá crescer muito nos próximos anos. "O mercado de energia no Brasil tem crescido bastante. Hoje temos uma atuação muito forte nesse mercado, tanto na exploração como na produção: 90% do que se tem em uma plataforma é importado e precisa de manutenção", frisou o vice-presidente.
Fonte: DCI/
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