A Clarksons Research prevê que o transporte marítimo mundial movimentará 12,6 bilhões de toneladas de carga em 2025, apoiado por uma frota de 2,5 bilhões de dwt, números significativamente superiores aos de 1965. A produção da construção naval deve crescer 4% ao ano, alcançando 74,1 milhões de GT, com a China liderando com 53% de participação de mercado, seguida por Coreia do Sul (27%), Japão (14%), Europa (4%) e EUA (0,1%). Apesar disso, os pedidos de novas construções caíram 50% nos primeiros cinco meses de 2025 em relação ao ano anterior, embora ainda se mantenham em níveis altos devido à forte demanda em 2024.
A carteira global de novas construções soma 164,4 milhões de CGT e US$ 511,6 bilhões, com destaque para navios de gás, contêineres, transportadores de carros e uma recuperação no segmento de cruzeiros. A transição energética continua a influenciar o setor, com 52% da tonelagem encomendada compatível com combustíveis alternativos. Há mais de 1.000 embarcações encomendadas com capacidade para GNL, 334 para metanol, 45 para amônia e mais de 500 híbridas de bateria. Também há 940 embarcações com status de prontas para combustíveis alternativos.
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Atualmente, 8% da capacidade de transporte da frota global é movida por combustíveis alternativos, número que deve subir para 20% até 2030. A idade média da frota está em 13,2 anos e cerca de um terço dela foi classificada como D ou E pelo CII. A modernização com Tecnologias de Economia de Energia é vital, já instalada em mais de 12.115 navios. Estas tecnologias incluem sistemas como lubrificação a ar, rotores Flettner e assistência eólica. Há também embarcações testando captura de carbono a bordo e mais de 35% da frota possui motores “Eco”.
Entretanto, a infraestrutura portuária ainda está atrasada, com apenas 275 portos com abastecimento de GNL e 40 com metanol disponível ou planejado. Estima-se que as emissões de gases de efeito estufa do transporte marítimo tenham crescido 4% em 2024, ultrapassando níveis pré-Covid, devido ao redirecionamento de rotas, aumento de velocidade e crescimento do comércio, o que compensou os ganhos ambientais.
A carga energética representa 38% do comércio marítimo global, e 16% da produção de energia vem do petróleo e gás offshore. O transporte de gás, especialmente GNL, GLP, etano, amônia e CO2, está em forte crescimento. A energia eólica offshore, hoje com 0,4% da matriz global, deve atingir 2% até 2035 e 6% até 2050.