São paulo - Estudo da consultoria Macrologística a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamado "Projeto Norte Competitivo", identificou 42 eixos de integração de transporte (ferrovias, hidrovias, rodovias e portos) que, se erguidos, melhorariam sensivelmente a infraestrutura logística dos nove estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).
Destes, foram selecionados 9 considerados prioritários - com destaque para a hidrovia Juruena-Tapajós, a qual permitirá, por exemplo, que a produção de grãos do Mato Grosso seja exportada para Xangai, na China, pelos rios Arinos e Juruena e depois pelo Tapajós, até o Porto de Vila do Conde (PA), com custo estimado em 40% a menos em relação ao atual. Hoje, a exportação da produção da região é feita via Porto de Paranaguá (PR).
"Já que não há verba suficiente para a execução de todas as obras, esta escolha é essencial para que sejam concentrados esforços nos eixos mais eficientes, com previsão rápida de retorno dos investimentos", explica Olivier Girard, sócio da Macrologística e responsável direto pela iniciativa.
O investimento para a construção da hidrovia é de cerca de R$ 2,8 bilhões e inclui a edificação da eclusa da Cachoeira de Meia Carga (MT), dragagens, sinalização e balizamento dos rios Juruena, Arinos e Tapajós, além de outras construções de infraestrutura portuária. "Somos um dos países mais competitivos do mundo em vários produtos. Basta, porém, que nossos produtos saiam de seu local de origem e já começamos a perder competitividade, o que torna urgente a necessidade de mudanças na infraestrutura", frisa Olivier. O projeto já foi visto em oito dos nove estados que compõem a Amazônia Legal.
Fonte: DCI/Alex Ricciardi
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