A troca de informações entre o Município e o Porto de Santos e a integração entre os dois órgãos prometem facilitar o trabalho de gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e da Prefeitura nas áreas de interesse comum. A estatal pretende utilizar uma base de dados georreferenciados para elaborar parte do conteúdo do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais santista.
Nesta segunda-feira (16), os dois órgãos assinaram um termo de compromisso para que técnicos comecem a desenvolver o intercâmbio de dados. A cooperação permitirá apoio para operacionalização de trabalhos nas áreas de cartografia, geotecnologia, implantação e operação de um sistema de informações geográficas.
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Pela parceria, Santos vai oferecer os dados disponíveis na base do sistema de dados municipais SigSantos que possam subsidiar a confecção de camadas cartográficas eletrônicas, além de todo o conhecimento de 15 anos do programa de georreferenciamento.
Já a Docas vai compartilhar informações de seus marcos geodésicos e autorizará o acesso a outras fontes de dados, atuais e históricos, relativos a fenômenos atmosféricos e climatológicos.
“Temos todo o geoprocessamento da Cidade, todas as ruas, as disposições dos equipamentos públicos em cada uma das áreas e a partir de agora isso vai ser disponibilizado para que a Codesp também possa utilizar essas informações para a logística do Porto. Hoje, nós temos o transporte de cargas que é feito e que acaba inevitavelmente passando pela Cidade. Então, o sistema vai nos permitir ter esse acompanhamento também”, explica o prefeito Paulo Alexandre Barbosa.
Para o diretor-presidente da Codesp, José Alex Botelho de Oliva, a iniciativa reforça que a gestão destas áreas deve ser feita “a quatro mãos”. “O mais relevante aqui é a demonstração de confiança que se estabelece quando a Prefeitura abre o sistema de inteligência dela para a Codesp e a Codesp abre o seu e compartilha com a Cidade. Isso é um comprometimento ‘visceral’. Nós passamos a fazer parte do mesmo corpo. Administrações distintas, mas somos um só: um Porto-Cidade e uma Cidade-Porto”, afirma.
Desdobramentos
As equipes devem discutir ainda o detalhamento dos dados disponíveis na base do SigSantos que serão úteis para a elaboração das camadas cartográficas eletrônicas. Além de fornecer as informações, a Administração Municipal deve dar suporte, explicando procedimentos, por tutoriais e palestras, para diminuir o tempo de aprendizado e o domínio das ferramentas tecnológicas dos funcionários da Codesp.
Com as informações, a estatal que administra o complexo portuário pretende utilizar a base de dados georreferenciados para elaborar parte do conteúdo do PDZ, que será enviada ao Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. A intenção é de que esse documento seja divulgado até setembro e que ele seja finalizado em 10 meses.
Em paralelo, a Codesp pretende implantar, a partir de agosto, o Núcleo de Geoprocessamento para que o uso das ferramentas tecnológicas possa ser compartilhado pelas gestões municipais e portuárias.
Fonte: A Tribuna