Consolidado o Porto do Pecém como equipamento estruturante essencial ao desenvolvimento econômico do Ceará, e diante de novos empreendimentos de grande envergadura, como a siderúrgica e a refinaria de petróleo, o governo do Estado corre agora contra o tempo para garantir a infraestrutura física, ambiental, mas sobretudo, social, necessária à sustentabilidade sócio econômica do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp) e dos municípios no entorno. Para quebrar as barreiras que ainda impedem os avanços na área e, consequentemente, a atração e instalação de novos empreendimentos no Cipp, o Conselho Gestor do Pecém reuniu-se ontem, para apontar os entraves que ainda permeiam o novo polo industrial e portuário.
Gargalos
Em um leque de 17 entraves expostos, os primeiros sinalizam para a necessidade de integração dos vários órgãos que atuam no Cipp, e do próprio complexo, com os municípios de Caucaia e são Gonçalo do Amarante. Os planos diretores dos três ainda não convergem entre si, o que sugere a integração urgente de todas as vertentes de infraestrutura em mais de 20 aspectos.
No rol de pendências, foram apontadas ainda, obras de drenagem e saneamento básico, coleta de efluentes industriais, instalação de rede hospitalar, estrutura habitacional e a criação de um plano global de telecomunicações, a começar pela impantação de uma rede de fibras óticas na área. "Sem um plano de TI, não teremos nem a ZPE", destacou um dos empresários presentes , lembrando que o alfandegamento da área não está pronto e que o próprio Eia-Rima global do Cipp ainda se encontra pendente no Ibama, em Brasília.
Riscos de invasões de áreas livres e de exploração de crianças e jovens no futuro também foram detectados.
Encaminhamentos
"Nosso objetivo é identificar todos os entraves, os gargalos hoje existentes no Cipp, indicar os caminhos, para apresentarmos ao governador e ele apontar os devidos encaminhamentos", explicou o secretário Estadual de Planejamento e Gestão, Eduardo Diogo, ao presidir a reunião. O encontro reuniu representantes de várias secretarias e órgãos do Estado e de entidades de classe envolvidas e empresários.
Paralelamente aos desafios, 17 sugestões e encaminhamentos necessários foram apontados, um a um, pelo grupo. "Precisamos de um ´prefeito´ para acompanhar, cobrar e gerir todas essas ações, para que não aconteça no Cipp, o que ocorreu no Polo de Camaçari (na Bahia)", defendeu o representante da Câmara Setorial da Fruticultura, João Teixeira.
Fonte: Diário do Nordeste (CE)/CARLOS EUGÊNIO
PUBLICIDADE