Adecom, Abani, Amport, ATP e Fenop destacam que comboio fluvial transporta o equivalente a centenas de caminhões, com emissões drasticamente reduzidas e ganhos logísticos para o agronegócio, a indústria e o Brasil
Cinco entidades que representam o setor de portos e hidrovias no Brasil lançaram um manifesto na COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em defesa da navegação interior como um “transporte mais limpo, eficiente e inclusivo”. Divulgado na noite desta segunda-feira (17), o documento, intitulado “Carta ao Mundo - COP30: A força sustentável das Águas Interiores”, destaca que o país, com uma das maiores redes hidrográficas do planeta, é cortado por “verdadeiras estradas naturais” (Amazonas, Tocantins, Madeira, Tapajós, São Francisco, Paraná, Paraguai, entre outras) que unem regiões, impulsionam economias e respeitam o meio ambiente.
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A “Carta” foi elaborada em conjunto pela Adecom (Agência de Desenvolvimento Sustentável das Hidrovias e dos Corredores de Exportação), Abani (Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior), Amport (Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica), ATP (Associação de Terminais Portuários Privados) e Fenop (Federação Nacional das Operações Portuárias).
A navegação interior, de acordo com o documento, é mais do que um modal logístico: é um ativo estratégico para o desenvolvimento sustentável. As entidades ressaltam que um comboio fluvial transporta o equivalente a centenas de caminhões, com consumo energético muito menor e emissões drasticamente reduzidas. Isso se traduz “em ganhos logísticos, competitividade para o agronegócio e a indústria, e uma contribuição decisiva para a descarbonização do setor de transportes”.
“Os setores portuário e de navegação interior também estão investindo em tecnologias de ponta e novos projetos de descarbonização das operações, incluindo o uso de energia renovável nos terminais, combustíveis verdes, embarcações mais sustentáveis e a realização de dragagens essenciais para garantir eficiência, segurança e menor impacto ambiental na navegação. Assim, reafirmamos nosso compromisso com a redução das emissões, a transição energética e um futuro para as novas gerações, baseado no desenvolvimento sustentável do país e alinhado às exigências globais”, disse Murillo Barbosa, presidente da ATP.
















