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Custo do Açu sobe para R$ 3 bilhões

A LLX Logística, empresa do grupo EBX que constrói o porto do Açu, no norte fluminense, revisou o investimento no projeto. Os gastos da LLX Açu, responsável pelas obras do complexo industrial do porto, subiram de R$ 2,8 bilhões para R$ 3 bilhões, alta de 7%. O aumento reflete ajustes no orçamento. E resulta de contratos de serviços que estavam previstos, mas não foram realizados. "A mudança representa um ajuste de expectativas", disse o diretor financeiro da LLX, Eugenio Leite de Figueiredo.

Segundo ele, o novo número reflete disciplina maior na política de investimentos uma vez que parte desses gastos estão sendo transferidos para etapa à frente. "Não precisamos realizar hoje e empurramos para a frente", afirmou o executivo. O investimento maior é reflexo de altas em serviços que sobem ao longo do tempo, caso da mão de obra.

Em teleconferência com analistas, Figueiredo falou sobre a estrutura financeira para garantir os R$ 3 bilhões necessários para gastos no projeto da LLX Açu até 2014. Disse que até 2013 a empresa deverá transformar dois empréstimos de curto prazo contratados com Bradesco e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em financiamentos de longo prazo com o banco de fomento.

"Os dois empréstimos-ponte [de curto prazo] serão transformados em empréstimos de longo prazo com o BNDES e estimamos ter essa mudança feita até 2013", disse Figueiredo. Os empréstimos-ponte são instrumentos financeiros que permitem às empresas começar obras. Segundo Figueiredo, a transformação dos empréstimos-ponte em financiamentos de longo prazo permitirá à LLX ter no ano que vem a configuração final de dívida para o projeto da LLX Açu.

A conta considera ainda debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 750 milhões, além dos recursos próprios da empresa no projeto.

Figueiredo também disse que a companhia tem previsão de fazer mais quatro arrendamentos de terrenos nos próximos meses na área conhecida como TX2 do porto do Açu. O TX2 vai contar com uma área de 2 milhões de metros quadrados para receber empresas de apoio às operações em mar da indústria de petróleo e gás. Ele confirmou que a LLX mantém discussões com vários produtores e fornecedores da indústria de petróleo para que essas companhias montem suas bases no porto do Açu.


Fonte: Valor Econômico/Por Francisco Góes | Do Rio


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