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Decisão sobre fusão de ALL e Rumo é adiada para dia 15

O prazo para os acionistas do bloco de controle da ALL aderirem à proposta da Rumo para combinação das empresas foi estendido em dez dias. A validade da proposta feita pelo Grupo Cosan, do empresário Rubens Ometto, terminaria no sábado, dia 5. Mas o vencimento foi modificado para dia 15.

O assunto continua sendo avaliado pelos fundos de pensão que estão no acordo de acionistas da ALL - Previ e Funcef - e pela gestora de recursos BRZ. Desde meados de março, a Brasil Plural auxilia estes acionistas na avaliação da proposta feita pela Cosan.

O Valor apurou que o motivo do adiamento seria a necessidade de prazo extra pelas fundações para finalizar a análise e para os trâmites burocráticos da decisão. Não há, até agora, perspectiva de mudança na transação. "A Cosan e a Rumo ratificam que os demais termos da referida proposta permanecem inalterados", diz o comunicado sobre a troca no prazo.

No caso de aceitação, o bloco de controle da ALL deve assinar um contrato definitivo, se comprometendo em votar favoravelmente ao negócio na assembleia de ALL.

A Cosan propôs a incorporação da ALL pela controlada Rumo em 24 de fevereiro. O resultado final da operação é que a Rumo equivalerá a 36,5% da nova companhia e a ALL, 63,5%. A Rumo foi avaliada em R$ 4 bilhões, e a ALL, em R$ 6,96 bilhões (R$ 10,18 por ação). Ontem, a ação da ALL fechou o pregão em R$ 7,81, após alta de 3,17%. O resultado será uma empresa avaliada em R$ 11 bilhões.

Os sócios majoritários do acordo de acionistas da ALL - Wilson De Lara e Ricardo Arduini, com 53% dos votos - estão de acordo com a operação. O BNDES, que detém 16,6% dos votos, também é favorável. Juntos somam pouco menos de 70% dos votos. Mas a aprovação demanda uma adesão de 75% dos votos, conforme rege o próprio acordo.

O acordo de acionistas da ALL reúne só 10% das ações da companhia. Porém, um total de 36% do capital total está atrelado à decisão tomada dentro do acordo, pois pertence aos mesmos acionistas.

Como a ALL é uma empresa do Novo Mercado, todos os acionistas terão o mesmo tratamento. E a fusão com a Rumo, ainda que tenha adesão no bloco de controle, precisa da aprovação de maioria absoluta do capital em assembleia. Na prática, significa que, no mínimo, mais 14% do capital precisa aprovar o negócio para que haja a fusão.

O conselho de administração da ALL vai se posicionar a respeito da transação. O papel do conselho em situações deste tipo, ainda mais numa companhia sem controle absoluto, é recomendar aos acionistas a adesão ou a rejeição da proposta. O colegiado é formado por 15 membros - três independentes. O Valor apurou que para auxiliar nesta decisão, foi contrato um parecer do banco Santander.

Já os bancos BTG, Credit Suisse e Itaú BBA vão auxiliar o conselho da Cosan. No grupo de Ometto, a combinação de Rumo e ALL terá outros desdobramentos. A Cosan sofrerá uma separação parcial de ativos. A companhia combinada Rumo e ALL será segregada numa empresa chamada Cosan Logística. Os demais ativos ficarão abaixo da Cosan Energia. Ontem, as ações da Cosan fecharam em R$ 35,10, com 0,45% de queda.

As negociações foram conduzidas pela Estáter, empresa contratada pela ALL. O Rothschild assessora o grupo Cosan.
Fonte: Valor Econômico/Graziella Valenti e Ivo Ribeiro | De São Paulo






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