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Diretoria do Porto de Suape obrigada a prestar ajuda a pescadores do Cabo de Santo Agostinho

A diretoria do Porto de Suape vai pagar, durante um período de três meses, uma cesta básica no valor de R$ 79 e uma ajuda financeira de R$ 400 a 66 pescadores da Colônia Z-8 da Praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho. O acordo judicial foi homologado este mês, na 3ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, pelo juiz federal Cláudio Kitner. O pagamento é uma medida provisória até que Suape conclua e apresente estudos para mitigar os prejuízos sociais e financeiros causados aos pescadores, em função das dragagens realizadas no porto para permitir a instalação dos estaleiros.

Os pescadores reclamam que as dragagens provocaram uma redução de até 70% na pesca e oficializaram uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF), que ingressou com uma ação civil pública contra o Complexo de Suape e a Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH).

O pescador associado à Colônia Z-8, Ednaldo Rodrigues de Freitas (conhecido como Nal), diz que o desmatamento do mangue e destruição dos cabeços (arrecifes) provocada pelo descarte dos sedimentos da dragagem está matando, prejudicando a reprodução e forçando a fuga dos peixes. “Nos bons tempos a gente conseguia tirar até 100 quilos de peixes por dia. Agora se conseguir 30 quilos é muito. Os restaurantes e os próprios turistas e frequentadores das praias reclamam da falta de produto fresco, que escasseou. Eu, por exemplo, deixei de fornecer aos clientes de bares e restaurantes porque não tenho mais volume. Vendo direto ao consumidor”, conta Nal.

O presidente da Colônia Z-8, Laílson Evangelista de Souza (Pio), lembra que essa ajuda de custo paliativa começou a ser paga este ano. Entre fevereiro e maio, Suape estava pagando uma cesta básica no valor de R$ 69 e uma ajuda financeira de R$ 311. “Essa ajuda apenas evita que a gente morra de fome, mas não resolve nosso problema. Queremos uma solução definitiva para a recuperação da pesca”, cobra.

“Numa das audiências que tivemos, o juiz perguntou se Suape não tinha como conseguir trabalho no porto para a gente. Eles precisam entender que somos da cultura secular da pesca. Não queremos sair da nossa atividade para ser pedreiro ou soldador”, reclama o pescador Sinval Calixto, na atividade desde os 9 anos.

A diretoria de Suape diz que está construindo uma proposta, dentro da filosofia do programa Suape Sustentável, que acabou de completar um ano de criação. A ideia é contribuir com o projeto de pesca artesanal, que vem sendo desenvolvido pelo governo do Estado. “Estamos trabalhando para que isso aconteça o mais rápido possível e com uma solução permanente para os pescadores da região. Enquanto isso, Suape continua pagando o auxílio aos pescadores, até que a solução definitiva seja validada e implementada”, diz, por meio de sua assessoria de comunicação.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)/Adriana Guarda






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